O TRANSCENDENTAL E O SAGRADO NA FILOSOFIA TARDIA DE HEIDEGGER

Autori

  • Nathalia Claro Moreira UERJ

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n30p1039-1058

Parole chiave:

Último Deus, Sagrado, Transcendentalismo, Heidegger tardio, Fenomenologia

Abstract

O artigo analisa o sagrado no pensamento onto-historial de Heidegger, centrando-se na sexta fuga intitulada "O Último Deus" (Der Lezst Gott). No contexto filosófico tardio de Heidegger, a análise existencial do Dasein foi deslocada para a compreensão dos projetos históricos de mundo que integram o acontecimento do ser mais originário, o seer (Seyn). Inspirado por Nietzsche e Hölderlin, Heidegger propôs que o sagrado deveria ser abordado como uma meditação radical sobre a morte de Deus, transcendendo a identificação ôntica do divino na tradição cristã. A proximidade do Último Deus representa a busca pela superação do niilismo técnico, manifestando-se como uma teologia apofática que, ao renunciar à objetivação do mistério do seer, anuncia um novo início por meio de um transcendentalismo poético.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografia autore

Nathalia Claro Moreira, UERJ

Graduada em História pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Graduada em Filosofia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Mestra em Educação pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (PPGE/UFMS). Doutoranda em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (PPGH/UFGD). Doutoranda em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/PPGFIL). E-mail: nath.arierom@gmail.com.

Riferimenti bibliografici

BORGES-DUARTE, I. 2019. A apropriação propícia: pensar e amar como acontecimento em Heidegger. Nat. hum., São Paulo, 21(1), p. 34-53.
CROWELL, S; MALPAS, J. 2007. Introduction: transcendental Heidegger. In: S. CROWELL; J. MALPAS (Eds.). Transcendental Heidegger. Stanford: Stanford University Press, p. 1-9.
DAHLSTROM, D. 2005. Heidegger’s transcendentalism. Research in Phänomenology, Leiden, 35(1), p. 29-54.
GIACÓIA, O. 2022. Reflexões sobre o acontecimento apropriador (Ereignis). Nat. Hum., São Paulo, 24 (1), p. 1–12.
HEIDEGGER, M. 1976a. Nur noch ein Gott kann uns retten. In: Der Spiegel v. 30 (Mai), p. 193-219.
HEIDEGGER, M. 1976b. Phänomenologie und Theologie. In: Wegmarken (GA 9). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1976.
HEIDEGGER, M. 1976c. Humanismusbrief. In: Wegmarken (GA 9). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1977a. Sein und Zeit (GA 2). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1977b. Der Ursprung des Kunstwerkes. In: Holzwege (GA 5). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1977.
HEIDEGGER, M. 1980. Hölderlins Hymnen "Germanien" und "Der Rhein" (Winter semester 1934/35). (GA 39). Susanne Ziegler (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1983a. Die Grundbegriffe der Metaphysik. Welt – Endlichkeit – Einsamkeit (Winter semester 1929/30). (GA 29-30). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1983b. Einführung in die Metaphysik (Summer semester 1935). (GA 40). Petra Jaeger (Ed.) Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1987. Introdução à Metafísica. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. 226p.
HEIDEGGER, M. 2000. Die Frage nach der Technik. In: Vorträge und Aufsätze (GA 7). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 2000.
HEIDEGGER, M. 2003a. Beiträge zur Philosophie (Vom Ereignis). (GA 65). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 2003b. A sentença nietzschiana "Deus está morto". Tradução de Marco Casanova. Nat. hum., 5(2), pp. 471-526.
HEIDEGGER, M. 2007a. A Origem da obra de Arte. Tradução de Maria da Conceição Costa. Lisboa: Edições 70. 76p.
HEIDEGGER, M. 2007b. Fenomenologia e Teologia. In: M. HEIDEGGER. Marcas no Caminho. Tradução de Enio Paulo Giachini e Ernildo Stein. Petrópolis: Vozes. p. 56-88, 2007.
HEIDEGGER, M. 2009. Ser e Tempo. Tradução revisada de M. S. Cavalcante. 4 ed. Petrópolis: Vozes. 600p.
HEIDEGGER, M. 2013. Explicações da Poesia de Hölderlin. Tradução de Claudia P Drucker. Brasilia, DF: Editora da Universidade de Brasilia. 224p.
HEIDEGGER, M. 2015. Contribuições à Filosofia: do acontecimento apropriador. Tradução de Marco Casanova. Rio de Janeiro: Via Verita. 502p.
HUSSERL, E. 2006. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica. Introdução geral à fenomenologia pura. Tradução de Marcio Suzuki. São Paulo: Ed. Ideias e Letras. 384p.
INKPIN, A. 2017. Was Merleau-Ponty a ‘transcendental’ phenomenologist? Cont Philos Rev. 50 (1), p. 27–47, 2017.
NIETZSCHE, F. 1967-78. Die fröhliche Wissenschaft. (KSA 2). Giorgio Colli e Mazzino Montinari (Eds). Berlim/Munique: Walter de Gruyter & Co.
NIETZSCHE, Friedrich. 2009. A Gaia Ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia das Letras. 344p.
PIEPER, F. 2014. Filosofia e teologia em Heidegger. Notas sobre a conferência Fenomenologia e teologia de 1927. Numen: revista de estudos e pesquisa da religião, Juiz de Fora, 17(2), p. 99-134.
PIPPIN, R. 2007. Heidegger on Failed Meaning. In: S. CROWELL; J. MALPAS (eds.) Transcendental Heidegger. Stanford University Press, Stanford, p. 199-214.
RUIN, H. 2005. Contribuitions to philosophy. In: M. WRATHALL; H. L. DREYFULS (eds). A Companion to Heidegger. Blackwell Companions to Philosophy, Blackwell Publishing Ltd, p. 167-190.
SCHELLING, F. 2012. Philosophie Der Offenbarung. Hamburg: Tredition Classics. 550p.
SCHNELL, A. 2016. Ereignis and Dasein in the Beiträge zur Philosophie. Meta: Research in hermeneutics, phenomenology, and practical philosophy, 6(1), p. 9-26.
SCHÜRMANN, R. 1992. Reveted to a Monstrous Site: On Heidegger’s Beiträge zur Philosophie. In: J. MARGOLIS; T. ROCKEMORE. The Heidegger Case: On Philosophy and Politics. Philadelphia: Temple University Press. p. 09-26, 1992.
SOMMER, C. 2021. The Perfection of Gestell and the Last God. Heidegger’s Criticism of Techno-Nihilism. In: C. DI MARTINO (org). Heidegger and Contemporary Philosophy. Contributions to Hermeneutics, v. 8. Springer, Cham. p. 23-33, 2021.
STAVRU, A. 2001. Hölderlin und die flucht des göttlichen: Martin Heidegger und Walter F. Otto in rom (1936-1937). Estratto da studi germanici, 2 (3), p. 269-310.
VAGAGGINI, C. 1976. Nuovo dizionario di teologia. Alba: Paoline. 223p.
WERLE, M. A. 1998. Do pensamento à poesia: Heidegger e Hölderlin. Philósophos - Revista de Filosofia, 3(2), p. 97-112.
WOLFSON, E. 2017. Gottwesen and the De-Divinization of the Last God: Heidegger's Meditation on the Strange and Incalculable. In: M. BJÖRK; J, SVENUNGSSON (eds.). Heidegger’s Black Notebooks and the Future of Theology. London: Palgrave Macmillan. p. 211-255.
ZAHAVI, D. 2003. Husserl’s phenomenology. Stanford University Press, Stanford, California, 188p.

Pubblicato

2024-12-25

Come citare

Moreira, N. C. . (2024). O TRANSCENDENTAL E O SAGRADO NA FILOSOFIA TARDIA DE HEIDEGGER. Sapere Aude, 15(30), 1039–1058. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n30p1039-1058