O TRANSCENDENTAL E O SAGRADO NA FILOSOFIA TARDIA DE HEIDEGGER
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n30p1039-1058Parole chiave:
Último Deus, Sagrado, Transcendentalismo, Heidegger tardio, FenomenologiaAbstract
O artigo analisa o sagrado no pensamento onto-historial de Heidegger, centrando-se na sexta fuga intitulada "O Último Deus" (Der Lezst Gott). No contexto filosófico tardio de Heidegger, a análise existencial do Dasein foi deslocada para a compreensão dos projetos históricos de mundo que integram o acontecimento do ser mais originário, o seer (Seyn). Inspirado por Nietzsche e Hölderlin, Heidegger propôs que o sagrado deveria ser abordado como uma meditação radical sobre a morte de Deus, transcendendo a identificação ôntica do divino na tradição cristã. A proximidade do Último Deus representa a busca pela superação do niilismo técnico, manifestando-se como uma teologia apofática que, ao renunciar à objetivação do mistério do seer, anuncia um novo início por meio de um transcendentalismo poético.
Downloads
Riferimenti bibliografici
CROWELL, S; MALPAS, J. 2007. Introduction: transcendental Heidegger. In: S. CROWELL; J. MALPAS (Eds.). Transcendental Heidegger. Stanford: Stanford University Press, p. 1-9.
DAHLSTROM, D. 2005. Heidegger’s transcendentalism. Research in Phänomenology, Leiden, 35(1), p. 29-54.
GIACÓIA, O. 2022. Reflexões sobre o acontecimento apropriador (Ereignis). Nat. Hum., São Paulo, 24 (1), p. 1–12.
HEIDEGGER, M. 1976a. Nur noch ein Gott kann uns retten. In: Der Spiegel v. 30 (Mai), p. 193-219.
HEIDEGGER, M. 1976b. Phänomenologie und Theologie. In: Wegmarken (GA 9). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1976.
HEIDEGGER, M. 1976c. Humanismusbrief. In: Wegmarken (GA 9). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1977a. Sein und Zeit (GA 2). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1977b. Der Ursprung des Kunstwerkes. In: Holzwege (GA 5). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1977.
HEIDEGGER, M. 1980. Hölderlins Hymnen "Germanien" und "Der Rhein" (Winter semester 1934/35). (GA 39). Susanne Ziegler (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1983a. Die Grundbegriffe der Metaphysik. Welt – Endlichkeit – Einsamkeit (Winter semester 1929/30). (GA 29-30). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1983b. Einführung in die Metaphysik (Summer semester 1935). (GA 40). Petra Jaeger (Ed.) Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 1987. Introdução à Metafísica. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. 226p.
HEIDEGGER, M. 2000. Die Frage nach der Technik. In: Vorträge und Aufsätze (GA 7). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 2000.
HEIDEGGER, M. 2003a. Beiträge zur Philosophie (Vom Ereignis). (GA 65). Friedrich Wilhelm von Herrmann (Ed.). Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.
HEIDEGGER, M. 2003b. A sentença nietzschiana "Deus está morto". Tradução de Marco Casanova. Nat. hum., 5(2), pp. 471-526.
HEIDEGGER, M. 2007a. A Origem da obra de Arte. Tradução de Maria da Conceição Costa. Lisboa: Edições 70. 76p.
HEIDEGGER, M. 2007b. Fenomenologia e Teologia. In: M. HEIDEGGER. Marcas no Caminho. Tradução de Enio Paulo Giachini e Ernildo Stein. Petrópolis: Vozes. p. 56-88, 2007.
HEIDEGGER, M. 2009. Ser e Tempo. Tradução revisada de M. S. Cavalcante. 4 ed. Petrópolis: Vozes. 600p.
HEIDEGGER, M. 2013. Explicações da Poesia de Hölderlin. Tradução de Claudia P Drucker. Brasilia, DF: Editora da Universidade de Brasilia. 224p.
HEIDEGGER, M. 2015. Contribuições à Filosofia: do acontecimento apropriador. Tradução de Marco Casanova. Rio de Janeiro: Via Verita. 502p.
HUSSERL, E. 2006. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica. Introdução geral à fenomenologia pura. Tradução de Marcio Suzuki. São Paulo: Ed. Ideias e Letras. 384p.
INKPIN, A. 2017. Was Merleau-Ponty a ‘transcendental’ phenomenologist? Cont Philos Rev. 50 (1), p. 27–47, 2017.
NIETZSCHE, F. 1967-78. Die fröhliche Wissenschaft. (KSA 2). Giorgio Colli e Mazzino Montinari (Eds). Berlim/Munique: Walter de Gruyter & Co.
NIETZSCHE, Friedrich. 2009. A Gaia Ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia das Letras. 344p.
PIEPER, F. 2014. Filosofia e teologia em Heidegger. Notas sobre a conferência Fenomenologia e teologia de 1927. Numen: revista de estudos e pesquisa da religião, Juiz de Fora, 17(2), p. 99-134.
PIPPIN, R. 2007. Heidegger on Failed Meaning. In: S. CROWELL; J. MALPAS (eds.) Transcendental Heidegger. Stanford University Press, Stanford, p. 199-214.
RUIN, H. 2005. Contribuitions to philosophy. In: M. WRATHALL; H. L. DREYFULS (eds). A Companion to Heidegger. Blackwell Companions to Philosophy, Blackwell Publishing Ltd, p. 167-190.
SCHELLING, F. 2012. Philosophie Der Offenbarung. Hamburg: Tredition Classics. 550p.
SCHNELL, A. 2016. Ereignis and Dasein in the Beiträge zur Philosophie. Meta: Research in hermeneutics, phenomenology, and practical philosophy, 6(1), p. 9-26.
SCHÜRMANN, R. 1992. Reveted to a Monstrous Site: On Heidegger’s Beiträge zur Philosophie. In: J. MARGOLIS; T. ROCKEMORE. The Heidegger Case: On Philosophy and Politics. Philadelphia: Temple University Press. p. 09-26, 1992.
SOMMER, C. 2021. The Perfection of Gestell and the Last God. Heidegger’s Criticism of Techno-Nihilism. In: C. DI MARTINO (org). Heidegger and Contemporary Philosophy. Contributions to Hermeneutics, v. 8. Springer, Cham. p. 23-33, 2021.
STAVRU, A. 2001. Hölderlin und die flucht des göttlichen: Martin Heidegger und Walter F. Otto in rom (1936-1937). Estratto da studi germanici, 2 (3), p. 269-310.
VAGAGGINI, C. 1976. Nuovo dizionario di teologia. Alba: Paoline. 223p.
WERLE, M. A. 1998. Do pensamento à poesia: Heidegger e Hölderlin. Philósophos - Revista de Filosofia, 3(2), p. 97-112.
WOLFSON, E. 2017. Gottwesen and the De-Divinization of the Last God: Heidegger's Meditation on the Strange and Incalculable. In: M. BJÖRK; J, SVENUNGSSON (eds.). Heidegger’s Black Notebooks and the Future of Theology. London: Palgrave Macmillan. p. 211-255.
ZAHAVI, D. 2003. Husserl’s phenomenology. Stanford University Press, Stanford, California, 188p.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
TERMO DE DECLARAÇÃO:
Submeto (emos) o trabalho apresentado, texto original, à avaliação da revista Sapere Aude, e concordo (amos) que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora PUC Minas, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem que a necessária e prévia autorização seja solicitada por escrito e obtida junto à Editora. Declaro (amos) ainda que não existe conflito de interesse entre o tema abordado e o (s) autor (es), empresas, instituições ou indivíduos.