O DESERTO DOS TÁRTAROS SOB A ÓTICA DO FANTÁSTICO HUMANO, DE JEAN-PAUL SARTRE
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2016v7n14p627Keywords:
Dino Buzzati, fantástico humano, O deserto dos tártaros, Alto Modernismo, Jean-Paul Sartre.Abstract
Este artigo analisa o romance do italiano, Dino Buzzati, O deserto dos tártaros (1940), a partir do fantástico humano, base teórico-ensaística desenvolvida por Jean-Paul Sartre no texto, Aminadab, ou o fantástico considerado como uma linguagem (1947). O estudo busca demonstrar que os vetores ensaiados pelo filósofo, ora nominados: expressão inversa, inversão relacional e moral de resistência, descrevem com bastante precisão uma categoria do fantástico que está colocada como ponto de virada dentro do gênero, referindo-se à obras de autores como Blanchot, Kafka e Buzzati. A hesitação deixa de ser um momento lancinante para se tornar o pano de fundo da narrativa, dando-nos, por definição crítica, o mundo às avessas, e o protagonista se revela como um índice de resistência, pondo em xeque valores sedimentados pelo modernismo, através de seu comportamento de contraste. Na obra de Buzzati, seguimos Giovanni Drogo, aos vinte anos, nomeado oficial para servir no forte Bastiani, situado na fronteira norte do país, em cujos limites encontra-se o lendário e enigmático deserto dos tártaros. Do castelo gótico de antanho a um dos símbolos bélicos do modernismo, o forte se reveste pela atmosfera de claustro, solidão e melancolia, enredando sutil e gradativamente aos que a ele se submetem.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
DECLARATION TERM:
I submit the presented work, an original text, for evaluation by the Sapere Aude journal of Philosophy and agree that its copyright will become the exclusive property of PUC Minas Publisher, prohibiting any reproduction, total or partial, in any other part or electronic/printed divulgation means before the necessary previous authorization is solicited and obtained from the Publisher. I also declare that there is no interest conflict between the aborded theme and the author, entrerprise, institution or individuals. I am not sure about this sentence and why it should be there. Do you publish any research that is subsidized by companies or that involves quantitative or qualitative interviews with participants?
