TOLERÂNCIA E EMANCIPAÇÃO: O LUGAR DA RELIGIÃO NOS PENSAMENTOS DE LOCKE E MARX

Autores

  • Flávio Gabriel Capinzaiki Ottonicar Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2018v9n18p459-467

Palavras-chave:

Locke. Marx. Religião. Tolerância. Emancipação.

Resumo

Locke e Marx são dois exemplos de filósofos que se ocuparam do tema da religião em seus escritos. Na Carta Sobre a Tolerância, Locke defendeu a indiferença do Estado em relação à questão religiosa, entregando para o indivíduo a liberdade de professar a fé que lhe convenha, segundo suas convicções e seus sentimentos internos. A posição do Estado em relação à multiplicidade religiosa da sociedade não implicaria, assim, em perda ou aquisição de direitos. Marx, por outro lado, reconhece nessa ideia de tolerância um progresso. Porém, no seu texto Sobre a Questão Judaica, o pensador alemão afirma que a indiferença do Estado em relação às questões religiosas ainda é insuficiente para a provocar a verdadeira emancipação humana. Isso porque continua a haver uma religião a ser tolerada pelo Estado e um Estado para tolerar a religião. O homem, dessa forma, apesar de haver se emancipado politicamente, ainda não se emancipou do Estado, e nem mesmo da religião, o que representa sua emancipação final, a emancipação humana.

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Biografia do Autor

Flávio Gabriel Capinzaiki Ottonicar, Universidade Estadual Paulista

Formado em Letras, licenciatura português-inglês (2006) e filosofia (2015). Mestrando em filosofia pela Universidade Estadual Paulista.

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Publicado

2018-12-29

Como Citar

Capinzaiki Ottonicar, F. G. (2018). TOLERÂNCIA E EMANCIPAÇÃO: O LUGAR DA RELIGIÃO NOS PENSAMENTOS DE LOCKE E MARX. Sapere Aude, 9(18), 459–467. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2018v9n18p459-467

Edição

Seção

COMUNICAÇÕES/COMUNICATIONS