INIMIGOS ÍNTIMOS DA DEMOCRACIA
GOLPE DE ESTADO, TERRORISMO E AMEAÇAS DE GUERRA CIVIL NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2025v2n2p408-420Palavras-chave:
Brasil, ataques à democracia, violência política, golpe de EstadoResumo
A atual situação do Brasil nos força a refletirmos acerca dos acontecimentos da cena política, no momento em que fatos históricos importantes encontram-se ainda no seu processo de excecução e desdobramento. Refiro-me aqui à malfadada tentativa de Golpe de Estado, perpetrada no dia 8 de janeiro de 2023. Em nosso entender, vivenciamos aqueles momentos que entrarão para a história e serão analisados e debatidos pelas gerações futuras. Eventos que bem poderiam fazer parte dos filmes de ficção mais distópicos, dadas as excentricidades da cena política de nosso país ao longo dos últimos anos. Delimitaremos nossa análise desde o Golpe Político Jurídico que apeou do poder a Presidenta Dilma Roussef em 2016, até a malfadada tentativa de Golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023. Serviremo-nos fundamentalmente de três livros: “Os inimigos íntimos da democracia” do filósofo búlgaro, radicado na França, Tzvetan Todorov, traduzido em 2012, e “Golpe de Estado: história de uma ideia” do filósofo e Newton Bignotto, de 2021. Averiguaremos, ainda, “Le choix de la guerre civile: une autre histoire du néolibéralisme” organizado pelos membros do Grupo transdisciplinar de estudos do neoliberalismo e suas alternativas, Pierre Dardot, Haud Guéguen, Cristian Laval e Pierre Sauvêtre, publicado no Québec, em 2021.
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Artigo do dossiê: Inimigos íntimos da democracia: golpe de estado, terrorismo e ameaças de guerra civil
no Brasil contemporâneo
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