“A tarefa do tradutor”, de Walter Benjamin, e sua rede dialética com as principais Teorias da Tradução surgidas no século XXI
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2021n38p15-28Palavras-chave:
Teoria da Tradução, Walter Benjamin, A Tarefa do tradutorResumo
Este artigo pretende estabelecer uma relação entre as várias correntes teóricas surgidas na modernidade concernentes à tradução de obras literárias com o ensaio A tarefa do tradutor, aqui considerado um texto não apenas icônico, mas de destacada referência na construção e fundamentação de tais teorias. Observa-se que mesmo sendo fonte primordial de outros textos, com inegáveis ressonâncias e confluências, se constitui como texto filosófico e, portanto, isento de definições ortodoxas, gerando uma gama enorme de interpretações, muitas delas revelando paroxismos e contradições entre si. Essa dissonância se deve, o que será defendido aqui, à escritura hermética e rizomática de Benjamin, que oferece inúmeros veios e incursões a seu leitor, o que favorece essa diversidade de interpretações, desde as mais conservadoras às mais radicais. Afinal, se um texto é um processo contínuo de reescritura de novos textos, o ato da escrita pode ser também considerado um ato tradutório, o que lhe transmuta, além de uma verve criativa, um aspecto que contempla e fundamenta sua natureza teórica e crítica.
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