A memória da Antiguidade Clássica na escrita de Alphonsus de Guimaraens
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.n30p46-56Keywords:
Alphonsus. Horácio. Memória Cultural. Simbolismo.Abstract
Segundo Albin Lesky, As civilizações grega e romana da Antiguidade deixaram para o mundo contemporâneo um extenso legado no que se refere às artes, dentre elas, a literatura. Herdamos a poesia épica, a poesia lírica, a tragédia, a comédia, o romance, a oratória, a fábula e a sátira (LESKY, 1995). Tomando por base a recepção dos clássicos na poesia praticada até na primeira metade o século 20, este artigo propõe centrar-se na importante influência da literatura clássica, especialmente, algumas expressões da sátira de Horácio na poesia de Alphonsus de Guimaraens, sejam em paratextos ou mesmo em termos de diálogo. A partir de um percurso, inicialmente, por meio do epistolário do simbolista mineiro, e depois pelos poemas, dado seu gosto pela inserção de expressões latinas em seus textos, e também pelo apreço que tinha pelas línguas novi-latinas, nota-se um sutil diálogo com a sátira horaciana. Considerando que Horácio alcança diversos autores em diferentes literaturas, e isso constrói uma memória acerca da experiência de escrita do poeta mineiro, a base teórica sobre as manifestações da memória foi buscada nos textos: Kafka e seus precursores, de Jorge Luis Borges; e Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural, de Aleida Assmann.
Palavras-chave: Alphonsus. Horácio. Memória Cultural. Simbolismo.
Downloads
References
ASSMANN, Aleida. Introdução. In: Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural; tradução: Paulo Soethe. Campinas-SP: Editora da Unicamp, 2011.
ASSMANN, Aleida. “Lembrar para não repetir”. In: Jornal da Unicamp, Campinas, p. 7, 10 a 16 Jun. 2013.
BARBOSA, Tereza Virginia Ribeiro; BRANDÃO, Jacyntho José Lins; TREVISAM, Matheus. “O que chamamos de clássico?”. In: Aletria; vol. 19, pp. 8-9; UFMG, 2009.
BORGES, J. L. “Kafka e seus precursores”. In: Outras inquisições. SP: Companhia das Letras, 2012.
BUENO, Alexei. Correspondência de Alphonsus de Guimaraens. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2002.
GUIMARAENS, Alphonsus de. “Memento, homo, quia...”. In: GUIMARAENS, Alphonsus de. Obra completa. Organização e preparo de textos por Alphonsus de Guimaraens Filho. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1960; p. 327 - 328.
GUIMARAENS, Alphonsus de. Mendigos. In: GUIMARAENS, Alphonsus de. Obra completa. Organização e preparo de textos por Alphonsus de Guimaraens Filho. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1960; pp. 395 - 489.
GUIMARAENS, Alphonsus de. Obra completa. Organização e preparo de textos por Alphonsus de Guimaraens Filho. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1960.
GUIMARAENS FILHO, Alphonsus de. Itinerários: cartas a Alphonsus de Guimaraens Filho. SP: Duas Cidades, 1974.
LESKY, Albyn. História da Literatura Grega. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 1995.
MARQUES, Ângela Maria Salgueiro. O Sublime na poesia de Alphonsus de Guimaraens: presença da morte. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Letras, UFMG, 1998.
MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 12 ed., São Paulo: Cultrix, 2013.
OLIVEIRA, Martins de. História da literatura mineira. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1963, p. 234-244.
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. In: Gênesis 3: 19. Brooklyn, New York, U.S.A.: Watch Tower Bible and Tract of Pensylvania: Brooklyn, New York, U.S.A., 1986, p. 10.
VALÉRY, Paul. Tel quel I. Paris: Gallimard, 1941. p. 19.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The author detains permission for reproduction of unpublished material or with reserved copyright and assumes the responsibility to answer for the reproduction rights.