Crônica e modernidade: configurações da cidade

Abstract

No início do século XIX, o centro do Rio de Janeiro
sofreu inúmeras modificações em seu traçado original.
Tendo por parâmetro Paris, ícone de modernidade, as
obras foram idealizadas pelo prefeito da antiga Capital
Federal, o engenheiro Francisco Pereira Passos. O
Rio de Janeiro, metonímia de Brasil, passa, então,
a representar a entrada do país na modernidade.
Tais transformações foram percebidas de diferentes
maneiras pelos intelectuais, que escreviam sobre elas
nos jornais de época, sob a forma de crônicas, gênero
histórico e literário que se consolidou como registro do
cotidiano da cidade carioca na Belle Époque. O presente
estudo tem como objetivo investigar como as crônicas
selecionadas de Lima Barreto, Olavo Bilac e João do Rio
delineiam a antiga Capital Federal, em seu processo de
modernização, tendo como referência a construção do
espaço público.

Palavras-chaves: Crônica. Modernidade. Espaço público.
Belle époque.