A escrita movente em Rioseco, de Manuel Rui
DOI:
https://doi.org/10.5752/10.5752/P2358-3231.2015n27p113Keywords:
literaturas de língua portuguesa, linguística, filologiaAbstract
O presente trabalho objetiva investigar como o narrador do romance Rioseco (1997), do escritor angolano Manuel Rui, recria alguns dos valores civilizatórios africanos. Pretende identificar, no passo de Luiz Costa Lima, como a narrativa mimetiza as singularidades caracterizadoras da realidade angolana e os valores civilizatórios que desenham a sobrevivência histórica de uma outra matriz de gestação das relações entre pessoas; entre pessoas e o mundo e, também, de interpretações cosmológicas desse mesmo mundo.
Palavras-chave: Ficção angolana. Romance e realidade. Mímesis. Valores civilizatórios de sociedades negro-africanas. Manuel Rui Monteiro.
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