Camões ficou gauche: as máquinas e os mundos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2019n34p68-77

Palavras-chave:

Épica. Lírica. Modernidade. Poesia.

Resumo

O artigo tem como proposta elaborar uma reflexão frente ao poema Máquina do Mundo de Carlos Drummond de Andrade sob a ótica da inter-relação entre está escrita e os Lusíadas de Luís de Camões. O texto centra sua análise na figuração que o conceito máquina do mundo toma em cada uma das obras postas em questão. A hipótese se desenvolve sobre a premissa de que o poeta mineiro constitui uma poética que, reflexivamente, dialoga com a épica lusa a partir do deslocamento deste tema para o plano da lírica moderna. O movimento põe em deslocamento certo otimismo renascentista dando à máquina a representação de uma impossibilidade harmônica entre individuo e a materialidade que o rodeia.

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Biografia do Autor

Otávio Augusto Oliveira Moraes, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Mestre em Literaturas de Língua Portuguesa(PUC-MG) e Doutorando em Literaturas Classícas e Medievais (UFMG).

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pdf> Acesso: 15 dez 2017.

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Publicado

2019-07-02

Como Citar

Oliveira Moraes, O. A. (2019). Camões ficou gauche: as máquinas e os mundos. Cadernos CESPUC De Pesquisa Série Ensaios, (34), 68–77. https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2019n34p68-77

Edição

Seção

Ensaios