Moradas da subjetividade: corpo, casa e cidade na poesia de Carlos Drummond de Andrade

Resumo

Resumo: No presente artigo, visamos analisar os poemas de Drummond em que o eu-lírico se defronta consigo e com o outro. No contexto de alteridade, a cidade similarmente atua como um referencial de construção do indivíduo (sendo, também, constituída em um vínculo de espelhamento mútuo), imerso no processo de modernização e no emaranhado das relações sociais. Serão abordados os poemas: “Reportagem matinal” (Versiprosa), “As contradições do corpo” (Corpo), “A um hotel em demolição” (A vida passada a limpo), “Confidência do itabirano” (Sentimento do mundo), “Explicação” (Alguma poesia), “Ar” (A vida passada a limpo), “Prece de um mineiro no Rio” (A vida passada a limpo), “Coração numeroso” (Alguma poesia) e “Caeté” (Alguma poesia). Dessa forma, buscamos investigar na poesia de Drummond, esse eu-lírico transitório e que transita, que se refaz e ressignifica, caracterizado pelo constante estado de “estar” do “ser” no mundo.