A recepção da sociedade frente a “Inauguração da avenida”, de Olavo Bilac

Autores

  • Carlos Vinícius Teixeira Palhares Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Raquel Solange Pinto

Resumo

Este artigo tem como objetivo principal pensar como Olavo Bilac, a partir da crônica “Inauguração da avenida”, apreendeu os ideais de modernidade e a concepção de cidade que marcou a antiga capital do Brasil, o Rio de Janeiro, no início do século XX, sob o impacto das mudanças estruturais impostas à cidade. A idealização do espaço urbano e de seu planejamento e as diferentes estratégias de intervenção que fizeram parte do Rio de Janeiro em fins do século XIX, visavam transformar a cidade em vitrine para o republicanismo, que era composto por elites comprometidas com as oligarquias rurais. A leitura da crônica possibilita dar início à composição de um painel da Belle Époque carioca, marcada pela novidade de um sistema político (a República) e de um espaço em constante transformação (o urbano). Bilac se posiciona como um transeunte em uma cidade que se construía, ditando novos hábitos e costumes e, em última análise, um novo modelo de civilização. O texto também refletirá sobre as características do gênero literário escolhido por Bilac para captar, através da inauguração da Avenida Central, o impacto que a modernização e os ideais de modernidade causaram, tal como apreendida pelo escritor-flâneur.

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Publicado

2011-10-28

Como Citar

Palhares, C. V. T., & Pinto, R. S. (2011). A recepção da sociedade frente a “Inauguração da avenida”, de Olavo Bilac. Cadernos CESPUC De Pesquisa Série Ensaios, (18), 99–115. Recuperado de https://periodicos.pucminas.br/cadernoscespuc/article/view/2435

Edição

Seção

Dossiê Literatura Brasileira