A construção do espaço em “Clara dos Anjos”, de Lima Barreto

Autores

  • Adriana dos Reis Silva Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Carlos Vinícius Teixeira Palhares

Resumo

este artigo, objetiva-se apreender a encenação da realidade
brasileira, a partir dos espaços urbanos apresentados em Clara
dos Anjos, obra de Lima Barreto. Os ideais de modernidade e
a concepção de cidade que marcou a antiga capital do Brasil,
Rio de Janeiro, sob o impacto das mudanças estruturais
impostas à cidade, surgem através de aspectos relevantes para a constituição do espaço da narrativa. Sendo assim, o trânsito da cidade e o subúrbio, nessa narrativa, constituem-se sob as perambulações realizadas pelos personagens centrais da narrativa – Cassi e seus amigos trapaceiros em contraponto à família de Clara dos Anjos. A idealização do espaço urbano, de seu planejamento, e as diferentes estratégias de intervenção que fizeram parte do Rio de Janeiro, no começo do século XX, pareceu-nos transformar a cidade em denúncia de uma sociedade injusta e racista. É perceptível, nessa trama, a (re) criação da paisagem, marcando a capacidade do Estado de
impor uma concepção estética, mascarada pela ideologia da modernização, que reflete nas características do gênero literário escolhido por Barreto, ao difundir padrões e normas sociais, criando uma espécie de coordenação das múltiplas temporalidades de um público diversificado.

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Publicado

2011-10-28

Como Citar

Silva, A. dos R., & Palhares, C. V. T. (2011). A construção do espaço em “Clara dos Anjos”, de Lima Barreto. Cadernos CESPUC De Pesquisa Série Ensaios, (18), 136–144. Recuperado de https://periodicos.pucminas.br/cadernoscespuc/article/view/2438

Edição

Seção

Dossiê Literatura Brasileira