Rappers:
os guardiões da memória africana
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2023n43p242-260Palavras-chave:
griôs, identidades, rappers, emceein, africanidadeResumo
Este artigo pretende analisar a importância dos rappers como os griôs da contemporaneidade, enquanto o agente social, cultural e político da sua comunidade. Revestidos das identidades africanas, os rappers mais precisamente os Emceein - através de manifestações artísticas, marcadamente a música, resgatam uma africanidade que se enquadra em questões e problemas atuais, tendo atuado como importantes vozes na denúncia do monopólio da violência do Estado. Para isso, parte de estudos sobre o griô, narrador da ancestralidade africana nas obras de Amadou Hampate Bâ, Jean Vansina, Hama, Joseph Ki-Zerbo, encontrando as especificidades dessas relações de guardiões da memória do seu povo, mantendo viva uma tradição ancestral, os rappers MCK e Emicida operam como elementos hereditários das culturas africanas e suas ressignificações em seus territórios. Os resultados apontam para uma poética coletiva no rap, um coletivo comprometido com as camadas sociais de onde advêm.
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