Natureza e cultura nos domínios de clio: as secas e outras representações das paisagens semi-áridas na historiografia ambiental

Autores

  • Catarina de Oliveira Buriti Instituto Nacional do Semiárido (INSA)
  • José Otávio Aguiar Universidade Federal de Campina Grande

Palavras-chave:

Historiografia, História Ambiental, Semiárido

Resumo

Este ensaio aborda alguns lugares epistemológicos inscritos no âmbito da história ambiental, apontando novos horizontes de possibilidades que surgem diante dos olhares de historiadores para realizar estudos que tematizam as interfaces entre história, literatura e natureza. Ao mesmo tempo, delineiam-se algumas luzes teóricas que permitem refletir sobre as secas e as representações das paisagens semi-áridas do ponto de vista da História Ambiental.

 

Abstract

This essay approaches some enrolled knowledge places in the scope of environmental history, pointing new horizon of possibilities that appear ahead of the look of historians to carry through studies that board a ship the interfaces between history, literature and nature. At the same time, some theoretical lights are delineated that allow to reflect on the droughts and the representations of the half-barren landscapes of the point of view of environmental history.

Key words: Historical Studies; Environmental History; Half-barren.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Catarina de Oliveira Buriti, Instituto Nacional do Semiárido (INSA)

Bacharel em Jornalismo pela UEPB, Licenciada em História pela UFCG e vinculada ao Programa de Pós-Graduação em História da UFCG. Atualmente, as suas pesquisas de mestrado estão voltadas para o estudo das inter-relações históricas entre sociedade e natureza, com ênfase nos seguintes temas: Semiárido, Literatura, Imaginário e Cultura. Também possui experiência na área de Jornalismo, atuando principalmente em temas relacionados com Comunicação Municipal, Jornalismo Cívico/Público, Jornalismo ambiental, Imprensa e Desenvolvimento.

José Otávio Aguiar, Universidade Federal de Campina Grande

Autor e co-autor em diversos livros e artigos, entre os quais se inclui a biografia publicada de um oficial napoleônico no Brasil, o francês Guido Thomaz Marlière (1767-1836), José Otávio Aguiar é mineiro de Ubá. Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1999), Doutorado em História e Culturas Políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003) e Pós-Doutorado em História, Relações de Poder, Sociedade e Ambiente pela Universidade Federal de Pernambuco (2010). Atualmente é Professor Retide (adjunto IV) da Universidade Federal de Campina Grande/PB, lecionando na Graduação, bem como nos Programas de Pós-Graduação em História (Mestrado) e em Recursos Naturais (Mestrado e Doutorado Interdisciplinares). Acumula experiência de pesquisa e publicação nas áreas de História Ambiental, História da Biologia, Etnobiologia e História Indígena, História do Brasil Império, História do Brasil Colônia e Historiografia das Artes Marciais Chinesas.

Referências

ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez, 1999.

ANDRADE, Manuel Correia de. A terra e o homem do Nordeste. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Brasiliense, 1973.

ARANHA, Gervácio Batista. Trem, modernidade e imaginário na Paraíba e região: tramas político-econômicas e práticas culturais (1880-1925). Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campinas, SP, 2001.

BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Lisboa: Edições 70, 1982.

CASTORIADIS, Cornelius. As encruzilhadas do labirinto: os domínios do homem. Tradução José Oscar de Almeida Marques. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1987.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: As artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.

CHIAPPINI, Lígia. Raquel de Queiroz: invenção do Nordeste e muito mais. In: CHIAPPINI, Lígia; BRESCIANI, Maria Stella. (Org.). Literatura e cultura no Brasil: identidades e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2002. p. 159-176.

DRUMMOND, José Augusto. A História Ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro, 4(8), 1991, p.177-197.

DUARTE, Regina Horta. História e natureza. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

DUBY, George. Guerreiros e Camponeses: os primórdios do crescimento econômico europeu. Lisboa: Editorial Estampa, 1980.

FERREIRA, Lúcia de Fátima Guerra. Raízes da indústria das secas: o caso da Paraíba. João Pessoa, PB: Editora Universitária/UFPB, 1993.

GUILLEN, Isabel Cristina Martins. Errantes da selva: história da migração nordestina para a Amazônia. Recife, PE: Ed. Universitária da UFPE, 2006. 304 p.

LADURIE, Emmanuel Le Roy. Montaillou: povoado occitânico (1294-1324). Tradução Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

LE GOFF, Jacques. O maravilhoso e o cotidiano no Ocidente medieval. Lisboa: Edições 70, 1985.

MARTINS, Marcos Lobato. História e meio-ambiente. São Paulo: Faculdades Pedro Leopoldo, 1997.

RIBEIRO, Ricardo Ferreira. Florestas anãs do sertão: o cerrado na história de Minas Gerais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

SAHLINS, Marshall. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. Tradução Hildegard Feist. São Paulo: Cia. das letras, 1996.

VILLA, Marco Antônio. Vida e morte no sertão: História das secas no Nordeste nos séculos XIX e XX. São Paulo: Ática, 2000. 269 p.

WILLIAMS, Raymond. O campo e a cidade na história e na literatura. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.

WOSTER, Donald. Para fazer história ambiental. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro, 4(8), 1991, p.198-215.

Downloads

Publicado

2008-12-13

Como Citar

BURITI, Catarina de Oliveira; AGUIAR, José Otávio. Natureza e cultura nos domínios de clio: as secas e outras representações das paisagens semi-áridas na historiografia ambiental. Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 10, n. 13, p. 81–95, 2008. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/cadernoshistoria/article/view/971. Acesso em: 7 ago. 2025.

Edição

Seção

Temática livre

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)