Morrer em si para viver si

A deturpação da memória e o apagamento da identidade em Antes de nascer o mundo de Mia Couto

Autores/as

  • Isabela Padilha Papke Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palabras clave:

Esquecimento, Memória, Linguagem, Identidade

Resumen

Em sua obra Antes de nascer o mundo (2009), Mia couto resgata as memórias e identidades de uma família que vive num contexto de guerra. O presente trabalho pretende analisar como o personagem do pai, Silvestre Vitalício, utiliza-se de recursos linguísticos para apagar sua identidade e ao mesmo tempo deturpar sua memória traumática, à luz de teorias como as de Pollak (1989) e acerca da memória e do esquecimento. Deseja-se, também, compreender a relação desse personagem com seu filho, protagonista e narrador da obra, Mwanito, no intuito de abordar o como sua postura mediante ao trauma interfere, também, na construção de identidade de seus filhos, nos pautando em artigos, como de Debieux (2001), a respeito das definições da psicanálise mediante reflexões acerca das relações entre parentalidade e trauma. 

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Biografía del autor/a

Isabela Padilha Papke, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutoranda na área de Estudos Literários, na Linha de Pesquisa de Literatura, Sociedade e História da Literatura, no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Citas

BRUGIONI, Elena. Literaturas Africanas Comparadas: Paradigmas Críticos e Representações em Contraponto. Campinas, Editora da Unicamp, 2019.

COUTO, Mia. Antes de Nascer o Mundo. São Paulo, Companhia das Letras, 2009.

DEBIEUX, Miriam Rosa. O não-dito familiar e a transmissão da história. Psychê, n. 8, p. 123-137, 2001.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Revista estudos históricos, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.

RUDGE, Ana Maria. Trauma e temporalidade. Revista Latino-americana de Psicopatologia Fundamental, v. 6, p. 102-116, 2003.

SCHOLZE, Lia. A linguagem como elemento privilegiado na construção da reflexão de si. Letras de Hoje, v. 42, n. 2, 2007.

Publicado

2022-06-22