RAÍZES PATRIARCAIS DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA E LEITURAS FEMINISTAS

Conteúdo do artigo principal

Odja Barros Santos
André Sidnei Musskopf

Resumo

Este artigo oferece uma análise a partir da crítica bíblica feminista das raízes patriarcais da hermenêutica bíblica abrangendo dois momentos: os processos patriarcais na seleção e canonização das Escrituras e os modelos interpretativos patriarcais dos primeiros intérpretes denominados “pais da igreja” no período patrístico-medieval. Situado a partir das propostas hermenêuticas feministas contemporâneas, o objetivo é fazer uma análise da hermenêutica bíblica dos primeiros séculos da Igreja Cristã, destacando as raízes patriarcais da tradição interpretativa que moldou a teologia bíblica e seus efeitos na vida das mulheres. O texto pretende contribuir para o diálogo teórico no campo da interpretação bíblica e dos estudos bíblicos feministas visando a superação de modelos interpretativos patriarcais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
BARROS SANTOS, Odja; MUSSKOPF, André Sidnei. RAÍZES PATRIARCAIS DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA E LEITURAS FEMINISTAS. INTERAÇÕES, Belo Horizonte, v. 13, n. 24, p. 334–354, 2018. DOI: 10.5752/P.1983-2478.2018v13n24p334-354. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/interacoes/article/view/18446. Acesso em: 17 maio. 2025.
Seção
DOSSIÊ
Biografia do Autor

Odja Barros Santos, Faculdades EST

Doutorando no Curso de Pós-Graduação em  Teologia das  Faculdades EST. 

Area: Tradições e Escrituras Sagradas 

Estuda Hermenêuticas e teologias bíblicas e membro do grupo de pesquisa gênero e religião da EST.

André Sidnei Musskopf, Faculdades EST - São Leopoldo - RS

Doutor em Teologia - Faculdades EST

Referências

DUBE, W. Musa-Shomanah. Escrituras, Feminismos e Contextos pós-coloniais. Concilium, Vol./No. 276, p. 59-71, 1988. [TEOL 5-6/276 Per]

CONTI, Cristina. Hermenêutica feminista. Alternativas. Nicarágua, 1998. [TEOL N. 11-12. Per]

DEIFELDT, Wanda. Os primeiros passos de uma hermenêutica feminista: A Bíblia da Mulher editada por Elisabeth Cady Stanton. Periódicos EST Estudos teológicos V.32 N.1 1992. p.5-14.

FIORENZA, Elizabeth S. As origens cristãs a partir da mulher: uma nova hermenêutica. São Paulo: Paulinas, 1992.

GOSSMAN, Elisabete. Dicionário de Teologia Feminista. Petrópolis: Editora Vozes. 1997.

MUSSKOPF, André. Talar Rosa: Homossexuais e o Ministério na Igreja. São Leopoldo: Oikos, 2005.

NEUENFELDT, Elaine. Diálogo entre a Leitura Popular e a Leitura Feminista da Bíblia. Estudos Teológicos, v. 45, n. 2.

HALL, Christopher A. Lendo as Escrituras com os Pais da Igreja. Viçosa: Ultimato, 2000.

PUI-LAN, Kowk. Reflexões sobre as escrituras sagradas das mulheres. Concilium, Vol./No. 276, p. 127-136, 1998. [TEOL 5-6/276 Per]

REIMER, Ivoni Richter. Grava-me como selo sobre o teu coração. Teologia Bíblica Feminista. Coleção Bíblia em comunidade. Série teologias bíblicas ;8). São Paulo: Paulinas, 2005.

SAKENFELD, Katharine Doob. Usos feministas de los materiales bíblicos in Letty M. Russell (ed.), Interpretación feminista de la Biblia. Bilbao: Desclée de Brouwer, 1995.

SCHOTTROFF, Louise, SCHOERER, Silvia, WACHER, Marie -Theres. Exegese Feminista: Resultados de pesquisas a partir da perspectiva de mulheres. São Leopoldo -Sinodal/EST; CEBI. São Paulo: ASTE,2008.

STANTON, Elisabeth Cady and the Revising Committee. The Woman’s Bible. Part I. Coalition, Seattle, Washington: Task Force on Women and Religion. 1974.

RUETHER, Rosemary R. Sexismo e Religião: Rumo a uma Teologia Feminista. São Leopoldo -RS, Sinodal, 1993.

STRÖHER, Marga J. A Igreja na casa dela. Série Ensaios e monografias, n.12. São Leopoldo-IEPG, 1996.

SUDÁRIO, Jimmy Cabral. Bíblia e Teologia Política: Escrituras, Tradição e emancipação. Rio de Janeiro: Mauad X: Instituto Mysterium, 2009.

TRIBLE, Phyllis. Depatriarchalizing in biblical interpretation. Journal of the American Academy of Religion. Vol. 41, No. 1 (mar. 1973).

ZABATIERO, Júlio; FILHO, José Adriano; SANCHES, Sidney. Para uma Hermenêutica bíblica. São Paulo: Fonte Editorial, Faculdade Unida. 2011.