REFLEXÕES SOBRE A NATUREZA HUMANA E A VISIO DEI EM AGOSTINHO DE HIPONA

Conteúdo do artigo principal

Gustavo Augusto da Silva

Resumo

O presente trabalho pretende refletir e investigar a concepção de natureza humana na obra de Agostinho de Hipona (354-430 d.C.); bem como a possibilidade do conhecimento de Deus através do mundo material. Na construção de sua cosmogonia Agostinho foi bastante influenciado pelo neoplatonismo, em especial Plotino. O hiponense não elabora uma obra sistemática sobre ontologia, contudo, ao que nos aparenta, o problema do ser está como plano de fundo em toda sua produção filosófica. O mote central encontra-se na problemática da visio Dei: como o homem conhece e apreende o ser divino apenas com a vivência da categoria do material e mutável. Este trabalha o saber divino a partir de dois conceitos: a ratio e a ordo; e disserta em como Deus é relação em si mesmo e também à sua criação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
SILVA, Gustavo Augusto da. REFLEXÕES SOBRE A NATUREZA HUMANA E A VISIO DEI EM AGOSTINHO DE HIPONA. INTERAÇÕES, Belo Horizonte, v. 18, n. 1, p. e181t07, 2023. DOI: 10.5752/P.1983-2478.2023v18n1e181t07. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/interacoes/article/view/27503. Acesso em: 23 ago. 2025.
Seção
ARTIGOS
Biografia do Autor

Gustavo Augusto da Silva, PUC GOIÁS

Mestre em Ciências da Religião pela PUC-Goiás, bacharel e licenciado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás, doutorando em Estudos Medievais pela Universidade NOVA de Lisboa. Bolsista CAPES. Brasil. ORCID: 0000-0002-6929-7370. E-mail: gustavoaugust0@hotmail.com.

Referências

AGOSTINHO. A Cidade de Deus, parte I. Tradução de Oscar Paes Leme. 13 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. (Coleção Pensamento Humano).

AGOSTINHO. A Cidade de Deus, parte II. Tradução de Oscar Paes Leme. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. (Coleção Pensamento Humano).

AGOSTINHO. A Trindade. Tradução e introdução Agustinho Belmonte. São Paulo, SP: Paulus, 1995. (Patrística, 7).

AGOSTINHO. Confissões. Tradução e prefácio de Lorenzo Mammì. 2 ed. São Paulo, SP: Penguin Classics Companhia das Letras, 2017.

AGOSTINHO. Contra os Acadêmicos; A Ordem; A Grandeza da Alma; O Mestre. Tradução de Agustinho Belmonte. São Paulo: Paulus, 2008. (Patrística, 24).

AGOSTINHO. O Livre-Arbítrio. Tradução de Nair de Assis Oliveira. São Paulo, SP: Paulus, 2014. (Patrística, 8).

ARAÚJO, Hugo Filgueiras de. A dualidade corpo/alma, no Fédon, de Platão. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, PB, p. 96. 2009.

BRANDÃO, Ricardo Evangelista. A desordem na ordem: breves considerações acerca do conceito de ordem na cosmologia de Santo Agostinho. Civitas Augustiniana, v. 1, n. 4, Porto, 2015, p. 149-164.

BROWN, Peter Robert Lamont. Santo Agostinho, uma biografia. Tradução de Vera Ribeiro. 4 ed. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2006.

COSTA, Marcos Roberto Nunes. Maniqueísmo: história, filosofia e religião. Petrópolis: Vozes, 2003.

FARIA, Ernesto. Dicionário escolar Latino-Português. 3 ed. Rio de Janeiro, RJ: Campanha Nacional de Material de Ensino, 1962.

FERRARI, Leo C. Cosmologia. In: FITZGERALD, Allan D. (Org.). Agostinho através dos tempos. São Paulo: Paulus, 2018. p. 293-295. (Coleção Filosofia Medieval).

GABÁS, Raúl. El tiempo en Agustín y Husserl. Revista Española de Filosofia Medieval, v. 22, Córdoba, 2015, p. 33-41.

GILSON, Étienne. Introdução ao estudo de santo Agostinho. Tradução de Cristiane Negreiros Abbud Ayoub. São Paulo: Discurso Editorial, 2006.

GIOVANNI, Reale. Plotino e neoplatonismo. Tradução de Henrique Cláudio de Lima Vaz. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014.

HEIDEGGER, Martin. Fenomenologia de vida religiosa. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2010.

PEREIRA JÚNIOR, Antônio; COSTA, Marcos Roberto Nunes. Fundamentação ontológica da cosmogonia agostiniana. Perspectiva Filosófica, v. 1, n. 39, jan/jun, Recife, 2013, p.71-81.

MARTINS FILHO, José Reinaldo F. Do problema do mal à alegria de ser como dom: um comentário ao De libero arbitrio, de Agostinho. Brasiliensis: Revista do Centro de Estudos Filosófico-Teológicos Redemptoris Mater, v. 7, n. 13, p. 49-91, 2018.

MURRAY, Alexander. Razão. In: LE GOFF, Jacques; Schmitt, Jean-Claude. (Orgs.). Dicionário analítico do Ocidente medieval: volume 2. Tradução coordenada por Hilário Franco Júnior. São Paulo: Editora Unesp, 2017. p. 423-439.

PACIONI, Virgilio. Ordem. In: FITZGERALD, Allan D. (Org.). Agostinho através dos tempos. São Paulo: Paulus, 2018. p. 722-723. (Coleção Filosofia Medieval).

PIRATELI, Marcos Roberto. O conceito de Homem em Santo Agostinho. VIII Jornada de Estudos Antigos e Medievais & I Jornada Internacional de Estudos Antigos e Medievais, Anais da Jornada de Estudos Antigos e Medievais, Maringá, p. 1-15, 2009.

OLIVEIRA E SILVA, Paula. Fundamentos ontológicos e antropológicos da visão de Deus em Agostinho de Hipona. Civitas Augustiniana, v. 1, n. 1, Porto, 2012a, p. 116-130.

OLIVEIRA E SILVA, Paula. Ordem e Mediação – A ontologia relacional de Agostinho de Hipona. Porto Alegre: Letras&Vida, 2012.

TESKE, Roland J. Alma. In: FITZGERALD, Allan D. (Org.). Agostinho através dos tempos. São Paulo: Paulus, 2018. p. 99-103. (Coleção Filosofia Medieval).

VAHL, Matheus Jeske. Santo Agostinho: Os Fundamentos Ontológicos do Agir. Pelotas: NEPFIL online, 2016.