FATORES DETERMINANTES E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS AGRESSORES NO BULLYING ESCOLAR:
uma revisão integrativa
Resumo
O bullying no ambiente escolar é um problema mundialmente reconhecido, sendo necessário direcionar maior atenção ao enfrentamento dessa questão de saúde pública. Compreender como se desenvolvem os comportamentos violentos de crianças e adolescentes praticantes de bullying e atuar nesse contexto pode contribuir para evitar desvios de conduta em sociedade desses indivíduos quando adultos e diminuir a ocorrência do próprio bullying. O presente trabalho é uma revisão integrativa cujo objetivo geral consiste em avaliar os mecanismos que predispõem estudantes a se tornarem praticantes de bullying escolar. Os portais utilizados para pesquisa em base de dados foram: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Pubmed (Medline), Scielo, Google Scholar e Portal CAPES. Os descritores de busca foram: bullying crianças; bullying adolescentes; bullying escolar. Foram selecionados 30 artigos para abordar os objetivos do trabalho. Foi evidenciado que o perfil de crianças e adolescentes do sexo masculino e inseridas em um contexto de negligência parental tem destaque entre os perpetradores do bullying escolar. Fatores como má qualidade de sono, bruxismo de vigília, alguns distúrbios externalizantes como o Transtorno Opositivo-Desafiador e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade podem estar associados ao componente agressivo do bullying. O desengajamento moral e outras teorias do comportamento são apontados como possíveis mecanismos de construção dessa prática, por vezes associados a outras variáveis. Dentre fatores que atuam em conjunto (ou isoladamente) ao desengajamento moral, há a presença de sentimentos de vingança, hostilidade e raiva; necessidade de popularidade; exposição a videogames violentos; distanciamento em relação à vítima e diminuição da empatia; e um ambiente escolar não afetuoso. Dado que o bullying é um fenômeno multifatorial e complexo, é importante considerar os momentos mais oportunos para realizar intervenções direcionadas entre crianças e adolescentes, além de construir estratégias continuadas de prevenção.
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O(s) autor(es) do presente trabalho assegura(m) que:
1. participaram do trabalho de maneira a responsabilizar-se publicamente por ele.
2. revisaram a forma final do trabalho e o aprovaram, liberando-o para publicação na Revista Pedagogia em Ação, após a preparação e revisão dos responsáveis pela coordenação editorial.
3. Nem este trabalho, nem outro substancialmente semelhante em conteúdo já foi publicado ou está sendo considerado para publicação em outro periódico, sob minha (nossa) autoria e conhecimento.
4. Este trabalho está sendo submetido à aprovação do Conselho Editorial da Pedagogia em ação com o conhecimento e a aprovação da instituição e/ou organização de filiação do(s) autor(es).