ENTRE O PASSADO E O FUTURO: VOZES QUE SE ENCONTRAM

Abstract

Não tenho o propósito aqui de discorrer sobre a história da constituição da Psicologia como ciência ou a história da criação do curso de Psicologia na PUC Minas, em 1959. Quero contar, 60 anos após essa criação, a história que estamos escrevendo, o que estamos construindo para o amanhã. Isso será feito a partir das reminiscências desse passado que ecoa em nossos ouvidos e no qual estamos imersos, pois [...] grande parte da história feita pelo povo assemelha-se ao sulco deixado pelo arado. Pode parecer que desapareceu para sempre juntamente com o homem que arou a terra há muitos séculos. Mas todos os especialistas em aerofotogrametria sabem que, à certa luz, ou vistas a certo ângulo, as sombras de sulcos e regos há longo tempo esquecidos ainda podem ser vistos. (HOBSBAWM, 1990, p. 26). As histórias, ora narradas, foram escritas por muitas mãos, histórias vividas no decorrer de um semestre, ou melhor, do primeiro semestre do curso de psicologia, recém-criado na Praça da Liberdade. Assim, não contarei sozinha essa história, ela não foi feita apenas por mim, mas por mim e por um entusiasmado grupo de alunos que almeja contribuir para esta história. Para compreendermos algum acontecimento é mister considerarmos o tempo, o lugar, o espaço, o sujeito e as condições nas quais esse fato se deu. Desse modo, esclareço que as narrativas que se seguem foram construídas pela turma do 1º período do curso de Psicologia, alunos(as) ingressantes no 2º semestre de 2018, unidade da Praça da Liberdade, na disciplina História da Psicologia. Essa iniciativa foi motivada pela comemoração dos 60 anos da Psicologia na PUC Minas e pela criação do curso de Psicologia na Praça da Liberdade, eventos que nos levaram a refletir sobre o árduo trabalho enfrentado pelos fundadores, por aqueles que deram prosseguimento a esse projeto no decorrer desses 60 anos e por todos que hoje dão continuidade a esse brilhante e bem-sucedido sonho. Tal trajetória nos mostra que os caminhos da Psicologia nos impõem um modo sempre diferente para trilhá-los, com os desafios próprios de cada época.