NÓS NÃO MATAMOS, NÓS CHORAMOS PELO CÃO TINHOSO:
barreiras, enfrentamentos e humanização na moçambique pós-colonial
Palavras-chave:
Colonialismo. Dialogia. Infância. Consciência.Resumo
À procura de retratar mudanças na consciência pós-colonial, o angolano Ondjaki escreveu o conto “Nós choramos pelo cão tinhoso” em dialogia a uma narrativa do moçambicano Honwana: “Nós matamos o cão tinhoso”, produzido décadas antes. Ambos os enredos são narrados por crianças, suas tramas se complementam e acabam por traçar historicamente as barreiras sociais impostas pela consciência colonial aos moradores daquelas regiões, os enfrentamentos a esse poder constituído e, finalmente, a construção de um novo olhar a partir da reflexão, propiciada, no contexto do texto de Ondjaki, pelo encontro com o texto literário em espaço escolar.
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Referências
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