Le Gothique contemporain:
La maternité à l’envers dans la nouvelle « Conservas », de Samanta Schweblin
DOI :
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2023v27n61p188-216Mots-clés :
littérature gothique contemporaine, patriarcat, Samanthe SchweblinRésumé
Cet article se concentre sur une lecture critique et analytique de l’écriture féminine dans le récit « Conservas » (2022), de Samanta Schweblin, en la reliant à la littérature gothique écrite au XXIe siècle. On constate actuellement que les récits gothiques ou ceux qui conservent des vestiges de caractéristiques gothiques n'utilisent plus dans leurs textes des éléments traditionnels tels que les spectres, les paysages terrifiants et décadents, la terreur, le sang, etc. Cependant, quelque chose de caractéristique de la poésie gothique semble être conservé, comme : l'angoisse. Dans « Conservas », l'angoisse surgit à cause d'un questionnement qui imprègne la vie de nombreuses femmes : le refus de la maternité. Le XXIe siècle voit certaines réalisations féminines se réaliser, même si certains malheurs demeurent, comme en débat dans cet ouvrage. Les résultats finaux devraient souligner l'importance des récits d'horreur pour fomenter nos questions, ainsi que l'insertion des femmes dans une société qui entretient les conflits de son passé patriarcal.
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