Neutral Donation
A review of the privatistic istitute from the perpective of existential autonomy
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.1678-3425.2020v5n8p112-131Keywords:
Neutral Donation; Consent Form; Existencial Autonony; Existencial Legal Business.Abstract
The article aims to reflect the use of the privatistic institute of donation in the sphere of existential rights, analyzing private autonomy under the perspective of existential autonomy. Soon, the patrimonialist characteristics of this institute and its rereading for use regarding the ownership of human biological material in Brazilian biobanks will be addressed. In this context, issues related to existential autonomy regarding the exercise of the right to the body, the liberality of consent and its disposition through an existential legal business will be addressed, thus culminating in a conception of neutral donation that will discipline the requirements of the Free and Informed Consent Form.
Downloads
References
AMARAL, Francisco. Direito civil: introdução. 7. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.
ARASSE, Daniel. A carne, a graça, o sublime. In: CORBIN, Alain; COURTINE, Jean- Jacques; VIGARELLO, Georges. História do corpo: da renascença às luzes. 4. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. v. 1, p. 535-620.
ASSOCIAÇÃO MÉDICA MUNDIAL. Declaração de Helsinque. Helsinque, jun. 1964. Disponível em: <http://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/declaracao_de_helsinque. pdf>. Acesso em: 10 out. 2015.
AZEVEDO, Antônio Junqueira de. Negócio jurídico: existência, validade e eficácia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
BARCELLOS, Ana Paula. A eficácia jurídica dos princípios constitucionais: o princípio da dignidade da pessoa humana. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.
BELTRÃO, Silvio Romero. Direitos da personalidade. São Paulo: Atlas, 2005.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, 05 out. 1988. Disponível em: <http://ww w.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 10 mai. 2016.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, 11 jan. 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/ 2002/L10406.htm>. Acesso em: 10 mai. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.201, de 14 de setembro de 2011. Estabelece as Diretrizes Nacionais para Biorrepositório e Biobanco de Material Biológico Humano com Finalidade de Pesquisa. Diário Oficial União, Brasília, 15 set. 2011. Disponível em: <http://bvs ms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/2011/prt2201_14_09_2011.html>. Acesso em: 10 mai. 2016.
BRETON, David Le. Adeus ao corpo. In: NOVAES, Adauto (Org.). O homem-máquina: a ciência manipula o corpo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 123-137.
CAPELO DE SOUSA, Rabindranath Valentino Aleixo. O direito geral de personalidade. Coimbra: Coimbra Editora, 1995.
CORBIN, Alain. Introdução. In: CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, Georges. História do corpo. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. v. 2: Da revolução à grande guerra, p. 7-10.
CORDEIRO, Antônio Manuel da Rocha e Menezes. Da boa-fé no direito civil. Coimbra:
Almedina, 2007.
COURTINE, Jean-Jacques. Introdução. In: CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, Georges. História do corpo. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. v. 3: As mutações do olhar: o século XX, p. 7-12.
CRESPO, Jorge. A história do corpo. Rio de Janeiro: DIFEL, 1990.
CUPIS, Adriano de. Os direitos da personalidade. Campinas, SP: Romana Jurídica, 2004.
DEPADT-SEBAG, Valérie. Direito e bioética. Lisboa: Edições Piaget, 2012.
FACHIN, Luiz Edson. Estatuto jurídico do patrimônio mínimo: à luz do novo Código Civil e da Constituição Federal. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito civil: teoria geral. 9. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011.
FIÚZA, César. Direito civil: curso completo. 17. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2014. GÊNESIS. In: Bíblia sagrada. 28. ed. São Paulo: Ave-Maria, 2000.
GOMES, Orlando. Introdução ao direito civil. 19. ed. rev., atual. e aum., de acordo com o Código Civil de 2002, por Edvaldo Brito e Reginalda Paranhos de Brito. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
GOZZO, Débora; LIGIERA, Wilson Ricardo (Org.). Bioética e direitos fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2012a.
GOZZO, Débora; LIGIERA, Wilson Ricardo. O consentimento informado como direito de personalidade. In: GOZZO, Débora; LIGIERA, Wilson Ricardo (Org.). Bioética e direitos fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2012b. p. 93-113.
JONAS, Hans. El principio de responsabilidade: ensayo de uma ética para la civilización tecnológica. Barcelona: Editorial Herder, 1995.
JONAS, Hans. O principio da vida: fundamentos para uma biologia filosófica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. São Paulo: Martin Claret, 2003a. KECK, Frédéric; RABINOW, Paul. Invenção e representação do corpo genético. In:
CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, Georges. História do corpo. 3.
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. v. 3: As mutações do olhar: o século XX, p. 83-105.
LOCH, Jussara de Azambuja; SOUZA, Paulo Vinicius Sporleder de. Bioética na atualidade. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014.
LOPES, Miguel Maria de Serpa. O silêncio como manifestação da vontade. São Paulo: Livraria Freitas Bastos, 1961.
MARTINS-COSTA, Judith; FERNANDES, Márcia Santana. Os biobancos e a doação de material biológico humano: um ensaio de qualificação jurídica. In: GOZZO, Débora; LIGIERA, Wilson Ricardo (Org.). Bioética e direitos fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 223-259.
MEIRELLES, Jussara Maria Leal de. Proteção jurídica do embrião. In: TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado; RIBEIRO, Gustavo Pereira Leite (Coord.). Manual de teoria geral do direito civil. Belo Horizonte: Del Rey, 2011. p. 215-228.
MELLO, Marcos Bernardes de. Teoria do fato jurídico: plano da existência. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
MOULIN, Anne Marie. O corpo diante da medicina. In: CORBIN, Alain; COURTINE, Jean- Jacques; VIGARELLO, Georges. História do corpo. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. v. 3: As mutações do olhar: o século XX, p. 15-82.
NOVAES, Adauto. A ciência no corpo. In: NOVAES, Adauto. O homem-máquina: a ciência manipula o corpo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 07-14.
PICO DELLA MIRANDOLA, Giovanni. A dignidade do homem. Tradução Luiz Feracine. São Paulo: Escala, 2008.
RODOTÀ, Stefano. La vida y las reglas: entre el derecho y el no derecho. Madrid: Editorial Trotta, 2010.
RODRIGUES JÚNIOR, Otávio Luiz. Autonomia da vontade, autonomia privada e autodeterminação – Notas sobre a evolução de um conceito na Modernidade e na Pós modernidade. Revista de Informação Legislativa. v.41, nº 163, p.113-130 – jul/set, 2004
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na constituição de 1988. 4. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
SÉGUIN, Elida. Biodireito. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001.
SZANIAWSKI, Elimar. Direitos de personalidade e sua tutela. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado. Saúde, corpo e autonomia privada. Rio de Janeiro: Renovar, 2010.
TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado; RIBEIRO, Gustavo Pereira Leite (Coord.). Manual de teoria geral do direito civil. Belo Horizonte: Del Rey, 2011.
TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado. Autonomia existencial. Revista Brasileira de Direito Civil – RBDCivil, v.06, p.75-104, abr/jun, 2018
VIGARELLO, Georges. Introdução. In: CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, Georges. História do corpo. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. v. 1: Da renascença às luzes, p. 15-18.
VIVEIROS DE CASTRO, Thamis Dalsenter. A Função da Cláusula de Bons Costumes no Direito Civil e a Teoria Tríplice da Autonomia Privada Existencial. Revista Brasileira de Direito Civil – RBDCivil, v.04, p.99-125, out/dez, 2017.