A CRÍTICA DE DIREITA DE NOZICK AO PENSAMENTO DE RAWLS
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2024v15n29p444-462Parole chiave:
Estado Mínimo, Justiça social, Mérito moral, Princípio da diferençaAbstract
Neste trabalho apresenta-se a principal crítica de direita ao pensamento de Rawls, elaborada pelo filósofo Robert Nozick em seu livro Anarchy, State and Utopia. Nozick defende a teoria da produtividade marginal e que impostos seriam uma maneira de escravidão, frente às ideias redistributivas imputadas pelo autor ao pensamento de Rawls. Nozick é um árduo defensor da ideia de mérito moral, no qual a ideia é que o Estado serviria apenas para a manutenção e segurança dos contratos firmados entre as pessoas – e qualquer Estado maior que esse deveria ser renegado. Contra as críticas de Nozick, pretende-se mostrar que o pensamento rawlsiano está ancorado em uma ideia de cooperação social que permite as pessoas desenvolverem suas qualidades, sem que seus dotes naturais sejam determinantes em suas posições sociais, pois a ideia de mérito moral não pode ser usada para fins políticos. Contra a ideia de Estado mínimo, se argumentará que cabe às instituições sociais (i.e., ao Estado) a divisão social entre os ônus e os bônus que as pessoas terão à disposição em suas vidas, pois justo ou injusto é a maneira como as instituições sociais lidam com as diferenças naturais entre as pessoas.
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