MEMÓRIA, LIBERDADE E RECONHECIMENTO:
caminhos do perdão em Paul Ricoeur
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2022v13n26p529-541Palavras-chave:
Memória, Sujeito, Liberdade, Perdão, SuperabundânciaResumo
À questão da origem do sujeito, a partir de uma abordagem estritamente fenomenológica, Ricoeur acrescenta a questão da falta e sua superação, sua libertação por meio do perdão. Para ele, as questões de origem do sujeito e da origem do perdão são inseparáveis: a questão da identidade “quem eu sou?” teria por consequência a questão do perdão, “como eu posso efetivamente ser livre?”. Sua descrição teórica da vontade evidencia a estrutura da liberdade própria ao homem. A liberdade é a condição de toda responsabilidade humana, sobre a qual se estruturará a culpabilidade, a liberdade reduzida em escravidão. Reencontramos a situação do culpado, alargada a toda a humanidade que se transforma em esperança de libertação. É precisamente isso que os mitos vêm dizer ao homem: o mito da inocência é o desejo, a coragem e a experiência imaginária que sustenta a descrição eidética do voluntário e do involuntário. A abordagem que Ricoeur faz sobre o perdão tem como síntese a memória, a história e o esquecimento. Ou seja, trata-se de uma retomada da fase fenomenológica de nosso autor, que, aliás, podemos afirmar que nunca foi deixada de lado, mesmo em seus momentos mais “hermenêuticos”.
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