O ENSINO MÉDIO NA AMAZÔNIA TOCANTINA:
como foi a escolarização de jovens ribeirinhas que conseguem chegar à licenciatura em educação do campo?
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2318-7344.2024v12n21p407-433Palavras-chave:
SOME, Amazônia Tocantina, Jovens ribeirinhasResumo
O artigo compartilha excertos da pesquisa doutoral em andamento, que objetiva compreender as contribuições do processo formativo da Licenciatura em Educação do Campo–LEdoC, da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Abaetetuba/PA, para a promoção da auto-organização das jovens ribeirinhas egressas deste curso, em diferentes espaços profissionais e comunitários. Objetivamos apresentar, neste recorte, o processo de escolarização do Ensino Médio no Sistema Modular de Ensino – SOME, das egressas da LEdoC. A fundamentação teórica versou sobre os estudos de Molina (2019), Alves e Almeida (2023) e Rodrigues (2016). Na metodologia de cunho qualitativo, utilizamos como instrumento as entrevistas semiestruturadas, que foram realizadas com seis (06) jovens ribeirinhas que compõem o total de informantes da tese. Neste artigo trabalhamos com quatro (04) amostras das entrevistadas, sendo três do território abaetetubense e uma de Igarapé-Miri. Os resultados, apontam que apesar da oferta do SOME, a formação das jovens tem sido atravessada por um manancial de dificuldades, tais quais as que margeiam os rios da região tocantina. O SOME tem sido a única forma para que a classe trabalhadora alcance outros espaços formativos, como o ensino superior e técnico.