ENTRE SABERES, IDENTIDADES E JOGOS DE PODER NA REESTRUTURAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NO PARANÁ
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2318-7344.2016v4n7p24Palavras-chave:
Educação indígena. Interculturalidade. Identidade.Resumo
Refazer os sentidos e a organização da educação escolarizada tem sido uma intensa preocupação de profissionais indígenas que atuam nas escolas dentro de suas terras. Saberes e memórias que enfrentam tentativas históricas de controle e formatação nos colocam frente a um cenário de disputa e distribuição desigual de poder quando pensamos, por exemplo, na (re)formulação curricular e formação de professores. É a partir desse cenário, que se apresenta entre os povos indígenas no Paraná, que desenvolvo uma reflexão acerca das transformações identitárias, políticas e escolares, entendendo-os como indissociáveis. Concomitante a isso, proponho um olhar para as relações entre professores indígenas e não indígenas a partir de suas perspectivas sobre educação escolar, currículo e interculturalidade, ressaltando o caráter político que é atribuído às escolas indígenas e a protagonismo de profissionais indígenas na gestão das escolas e na progressiva substituição de professores não indígenas.