O REGISTRO DA CRIMINALIDADE INFANTIL EM BELÉM DO PARÁ NO ANO DE 1895: UM ESTUDO DISCURSIVO EM PROCESSOS JUDICIAIS SOBRE O CASO DO MENOR DESVALIDO JOAQUIM MANOEL DA SILVA

Autores

  • Liliane da Silva França Corrêa Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Camilla Vanessa Chagas Peixoto de Oliveira Universidade Federal do Pará (UFPA)

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2318-7344.2016v4n9p18

Palavras-chave:

História da Infância. Menor Criminoso. Processo Judicial. Discurso.

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a infância e a criminalidade em Belém do Pará a partir dos enunciados discursivos do processo judicial do menor desvalido Joaquim Manoel da Silva de 13 anos de idade, em 1895, acusado de furto a um estabelecimento comercial no Mercado Público Municipal. O processo está inserido no contexto das transformações socioeconômicas de Belém, no século XIX, em decorrência da comercialização da borracha que fazia da cidade um lugar seguro para uma classe social em ascensão constituída por comerciantes, seringalistas e fazendeiros. Na contramão dessa elite, surgida na Belle Époque, havia uma população de menores pobres designados a praticar crimes de vadiagem, vagabundagem e gatunagem. A criminalidade infantil estava diretamente atrelada à pobreza, ao abandono da família e a explosão demográfica. O processo criminal do menor Joaquim Manoel da Silva, pertencente à documentação do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, obtido no arquivo do Centro de Memória da Amazônia. Analisado a partir do Discurso de Bakhtin, no documento em tela foi possível identificar os significados e sentidos que constituíram os autos do processo baseado no Código Penal de 1890.

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Biografia do Autor

Liliane da Silva França Corrêa, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (2010). Especialista em Gestão e Docência na Educação Básica e no Ensino Superior pelo Instituto Carreira (2015). Mestra em Educação pela Linha de Pesquisa Educação, Cultura e Sociedade (2017), do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal do Pará (UFPA); membro do Grupo de Pesquisa Constituição do Sujeito, Cultura e Educação (ECOS) e pesquisadora nos Projetos de Pesquisa "A História do Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Pará (1912-1934): significados e sentidos das ações do médico Ophir Loyola" e a "Infância e Educação: Os Discursos dos Médicos Higienistas sobre a Mortalidade Infantil e cuidados com o desenvolvimento da Criança em Belém do Pará (1910-1920)." Possui experiência na área de Educação.

Camilla Vanessa Chagas Peixoto de Oliveira, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Possui graduação em Letras Português/Hab.Língua Inglesa pela Universidade da Amazônia (2010). Mestrado em Educação pelo programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Pará (2017), vinculado a linha de pesquisa Educação, Cultura e Sociedade. Atuo como pesquisadora voluntária no grupo de pesquisa Constituição do Sujeito, Cultura e Educação (ECOS) da referida instituição. Integrante do Núcleo de Estudos e Documentação em História da Educação e Das Práticas Leitoras do Maranhão (NEDHEL), grupo de pesquisa da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. No qual contribuo com o desenvolvimento do estudo proposto nas pesquisas da área da História da Educação, História do Livro e da Leitura e História das Bibliotecas, Cultura Material Escolar, História das Instituições entre outros eixos temáticos que se entrecruzam.

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Publicado

2017-04-25

Como Citar

CORRÊA, Liliane da Silva França; OLIVEIRA, Camilla Vanessa Chagas Peixoto de. O REGISTRO DA CRIMINALIDADE INFANTIL EM BELÉM DO PARÁ NO ANO DE 1895: UM ESTUDO DISCURSIVO EM PROCESSOS JUDICIAIS SOBRE O CASO DO MENOR DESVALIDO JOAQUIM MANOEL DA SILVA. @rquivo Brasileiro de Educação, Belo Horizonte, v. 4, n. 9, p. 18–36, 2017. DOI: 10.5752/P.2318-7344.2016v4n9p18. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/arquivobrasileiroeducacao/article/view/P.2318-7344.2016v4n9p18. Acesso em: 10 set. 2025.

Edição

Seção

ARTIGOS: Dossiê Infâncias na Amazônia: História, Cultura e Educação