Quem se calar quando eu me calei não poderá morrer, sem dizer tudo.
Homenagem a Saramago
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3231.2022n40p22-37Palavras-chave:
Saramago, Esquecidos, Personagens femininas, IdeologiaResumo
Relembra-se aqui a chegada ao Brasil do Levantado do chão, as primeiras análises do romance e a evolução de suas personagens que, inicialmente sem voz, desvalidas e “esquecidas”, tornam-se capazes de um discurso próprio e chegam a líderes de uma revolução transformadora. Focalizam-se também algumas personagens femininas de outros romances do autor, buscando demonstrar o seu especial carinho pelas mulheres fortes de quem ele afirma ter sido criador, mas também criatura. Estuda-se ainda na obra saramaguiana a questão da religião, para concluir ser o autor um estranho comunista que é pessimista e um surpreendente ateu que é religioso: na verdade um grande humanista, sempre preocupado com uma enunciação dialógica problematizadora, capaz de testemunhar o sofrimento e as manobras do poder.
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