A memória em Caminho como uma casa em chamas de António Lobo Antunes
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2237-8871.2019v20n33p203Palabras clave:
António Lobo Antunes, Caminho como uma casa em chamas, Evocações, Lembranças, Memória, Paul Ricoeur.Resumen
Esse artigo apresenta, como objetivo, refletir as concepções de tempo e suas relações com a memória no que se refere à constituição das narrativas e analisa a concepção de memória em A Memória, A História e o Esquecimento, de Paul Ricoeur e como esta se apresenta em Caminho como uma casa em chamas, de António Lobo Antunes, bem como expõe algumas singularidades do romance através de uma revisão narrativa baseando-se na obra de Ricoeur. Sendo a memória uma capacidade de lembrar, de guardar subsídios, indícios e vislumbres, ela é de importância fundamental para o indivíduo. Caminho como uma casa em chamas, o romance de António Lobo Antunes forma uma conexão com o trabalho de Paul Ricoeur quando esse no diz que lembrar-se de algo não é tão simples como somente receber uma imagem do passado, não é um ato passivo, mas ativo; o sujeito deve ir buscá-la, ativamente sendo a memória, portanto, exercitada. Os resultados evidenciaram que Ricoeur entende a memória como uma experiência que o indivíduo tem de ressignificar ou representar; a memória se transforma em elemento primordial, é tratada e discutida na perspectiva de conferir um dever de legitimação. As lembranças são usadas durante toda narração, de um modo constante, de forma a se refletir no presente dos narradores. A memória, enquanto construção de caráter mutável e repleta de subjetividades, aparece em Caminho como uma casa em chamas como um arquivo de lembranças, intensamente marcadas, bem como de esquecimentos e vazios que podem se preencher de ruínas, rasgos de sonhos e pesadelos.
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