Reflexões sobre a Reforma Universitária de 1968, com base na teoria da Agenda Globalmente Estruturada para a Educação
Mots-clés :
História da Educação, Políticas Públicas, Governança HíbridaRésumé
Neste texto, resultante de pesquisa bibliográfica e documental, promove-se uma análise sobre a Reforma Universitária brasileira de 1968, com base nos pressupostos da teoria da Agenda Globalmente Estruturada para a Educação. A documentação considerada para retratar os contornos da reforma inclui relatórios e textos legais produzidos no contexto dos acordos estabelecidos entre o Ministério da Educação brasileiro e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, nos anos 1960. Como resultado, tem-se que a colaboração MEC-USAID pode ser compreendida como uma transnacionalização de políticas públicas, tendo culminado em um processo de governação híbrida que se tornaria comum a partir dos anos 1990. Nessa perspectiva, atuou a USAID, em tempos de Guerra Fria, com precursora das práticas futuramente adotadas por agências como o Banco Mundial e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE.
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