LUTAS MICROPOLÍTICAS CONTRA AS CONSERVAS COLONIAIS O PATRIARCADO:
psicodrama e liberdade
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2594-5467.2024v8n17p143-160Palavras-chave:
Psicoterapia Psicodramática Bipessoal, Feminino, EspontaneidadeResumo
Este trabalho tem como objetivo evidenciar a potencialidade do Psicodrama como possibilidade de intervenção psicoterápica e psicodramática no que se refere à necessidade de enfrentamento às conservas coloniais do patriarcado impostas às mulheres na contemporaneidade. As teorias e técnicas presentes no Psicodrama podem e devem ser utilizadas como recurso de enfrentamento social e promoção de liberdade, pois elas proporcionam um resgate da espontaneidade e criatividade que promovem uma emancipação dos papeis sociais, e neste trabalho em específico, será discutida a emancipação do papel feminino na sociedade. Para promover uma reflexão acerca dessa temática, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e um estudo de caso de um processo psicoterápico bipessoal realizado com uma mulher, que devido a situações de exposição de seu corpo em rede social sem sua permissão e a momentos de opressão sofridos no decorrer de sua vida, apresentou a necessidade de resgate de sua espontaneidade e ressignificação de seu papel feminino. Durante o acompanhamento psicoterápico psicodramático foram utilizadas técnicas como duplo, espelho e dramatização, perpassando pelo processo de aquecimento inespecífico e específico, bem como o compartilhar. Através dessas técnicas e mais especificamente de uma dramatização que será discutida neste trabalho, foi possível identificar o resgate da espontaneidade e movimentos de enfrentamento à opressão sofrida por esta mulher, bem como a potencialidade do Psicodrama enquanto ferramenta de enfrentamento às micro políticas coloniais conservadoras.
Downloads
Referências
Araújo, A. C. F. (2022) A Beleza em Conserva: um olhar Psicodramático sobre o Mito da Beleza. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pós-Graduação da Casa das Cenas - FEBRAP, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Psicodrama.
Castello de Almeida, W. (2020). Além da catarse, além da integração, a catarse de integração. Revista Brasileira De Psicodrama, 18(2), 72–95. Recuperado de https://www.revbraspsicodrama.org.br/rbp/article/view/129
Cecília Zendron, C. & Antonio Seminotti , N. (2020). Papéis sociais femininos e as conservas culturais em relação ao dinheiro: cartografia de uma oficina temática de Psicodrama. Revista Brasileira De Psicodrama, 19(1), 103–113. Recuperado de https://www.revbraspsicodrama.org.br/rbp/article/view/159
Conselho Federal de Psicologia (CFP). (2009). Resolução nº 001/2009. Dispõe sobre a obrigatoriedade do registro documental decorrente da prestação de serviços psicológicos. CFP. Recuperado de https://transparencia.cfp.org.br/wp-content/uploads/sites/15/2016/12/resolucao2009-01.pdf
Conselho Nacional de Saúde (2016). Resolução nº 510/2016. Conselho Nacional de Saúde.
Coria, C. Labirintos do êxito: ilusões, paixões e fantasmas femininos. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997.
Gonçalves, C. S. & Wolff, J. R. & Almeida, W. C. (1988). Lições de Psicodrama: introdução ao pensamento de J. L. Moreno. São Paulo: Ágora.
Han, B.-C. Psicopolítica. O neoliberalismo e as novas técnicas de poder. Belo Horizonte: Editora Âyiné, 2018.
Lima, N. B. S. (1990). O processo de Cura no Psicodrama Bipessoal; Revista Brasileira de Psicodrama. V. 1 (Set/1990). São Paulo: Diretoria de Divulgação e Comunicação da FEBRAP.
Malaquias, M. C. (Org.). Psicodrama e relações étnico-raciais. Diálogos e reflexões. São Paulo: Ágora, 2020.
Massaro, G.. (2020). Moreno: da utopia ao possível. In Merengué, D.; Dedomenico, A. M. (orgs). Por uma vida espontânea e criadora: psicodrama e política. São Paulo: Ágora, 2020. P 77-92
Merengué, D. (2020). Corpos tatuados, relações voláteis: sentidos contemporâneos para o conceito de conserva cultural. Revista Brasileira De Psicodrama, 17(1), 105–114. Recuperado de https://www.revbraspsicodrama.org.br/rbp/article/view/86
Moreno, J. L. (1975). Psicodrama. São Paulo: Cultrix.
Moreno, J. L. (2008). Quem sobreviverá?: fundamentos da sociometria, da psicoterapia de grupo e do sociodrama. Tradução Moysés Aguiar; revisão técnica Mariana Kawazore. São Paulo: Daimon – Centro de Estudos do Relacionamento.
Nascimento, C. V.; Oliveira, B. J. (2007) O Sexo Feminino em campanha pela emancipação da mulher. Cad. Pagu (29). Online, disponível em https://doi.org/10.1590/S0104-83332007000200017
Naffah Neto, A. (1997). Psicodrama: Descolonizando o imaginário. São Paulo: Plexus.
Narvaz, M. G.; Koller, S. H. (2007). Feminismo e terapia: A terapia feminista da família – por uma psicologia comprometida. PSIC. CLIN., RIO DE JANEIRO, VOL.19, N.2, P.117 – 131, 2007. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0103-56652007000200009
Perazzo, S. (2020). O mito da cadeira vazia. Revista Brasileira De Psicodrama, 26(1), 102–107. Recuperado de https://www.revbraspsicodrama.org.br/rbp/article/view/54
Reich, W. Psicologia de Massas do Fascismo. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Silva, D. A. C. Afetividade, criatividade, comunidade e ancestralidade – Caminhos para a descolonização de subjetividades negras. In: Nery, M. P.,; Eutrópio, A. C.; Vomero, L. de S. Z (org.). Sexualidade, corpos e poder. Desobediências criadoras. São Paulo: Ágora, 2024. P. 75-90.
Vieira, Érico Douglas. (2020 a). O Psicodrama e a Pós-Modernidade: Espontaneidade como via de resistência aos poderes vigentes. Revista Brasileira De Psicodrama, 25(1), 59–67. Recuperado de https://www.revbraspsicodrama.org.br/rbp/article/view/164. (2020 b). Possibilidades psicodramáticas de resistência ao fascismo contemporâneo. In Merengué, D.; Dedomenico, A. M. (orgs). Por uma vida espontânea e criadora: psicodrama e política. São Paulo: Ágora, 2020. P 19-36
Vomero, L. de S. Z., & Nery, M. da P. (2023). Uterodrama: Descolonizando corpo e mentruação. Revista Brasileira De Psicodrama, 31. Recuperado de https://www.revbraspsicodrama.org.br/rbp/article/view/597
Vomero, L. Conserva corporal - Via de acesso para a (des)colonização do coinconsciente. In: Nery, M. P.,; Eutrópio, A. C.; Vomero, L. de S. Z (org.). Sexualidade, corpos e poder. Desobediências criadoras. São Paulo: Ágora, 2024. P.33-61.
Weil, P.; Leloup, J.Y.; Crema, R. Normose - A patologia da normalidade. Petrópolis: Vozes, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
O(s) (co)autor(es) responsabiliza(m)-se pelo ineditismo do texto submetido (sanções possíveis por plágio são de sua inteira responsabilidade) e atribuem a Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão a autorização para a publicação deste. O(s) (co)autor(es) assume(m) que este texto não se encontra publicado em nenhum outro veículo, bem como não se encontra em análise, para publicação, em outro periódico.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.