MARISCAGEM, EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E ACADEMIA-MANGUE:
experimentações cosmopolíticas de um mundo a compartilhar
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2594-5467.2024v8n17p74-95Palavras-chave:
Extensão Universitária, Mulheres, Mutação ClimáticaResumo
Essa escrita compõe-se por meio de itinerâncias político-clínicas na extensão-pesquisa-educação de três professoras universitárias no Observatório Popular de Violências, pela Vida de Mulheres de Comunidades Tradicionais. Mulheres, assim como as águas e os manguezais, são linha de frente desses tempos de mutação climática, tendo seus corpos expropriados na (re)patriarcalização e privatização dos territórios. Elas vivem a iminência do sempre e cada vez mais próximo desastre-crime socioambiental. No entremeio da universidade situada e do ativismo das raízes, das águas e das margens, vislumbramos neste artigo reposicionar concepções de extensão acadêmica e de produção de conhecimento com mulheres das águas, dos campos e das florestas, especialmente, mulheres marisqueiras de Sergipe. Assim, propomos um exercício de reflexão acerca de nossas práticas político-científicas pela habitação compartilhada de uma academia-mangue. Mariscamos uma academia, delineando terrenos de vida, escavacando um mundo acadêmico habitável e respirável pela partilha de fazeres e saberes com o Movimento das Marisqueiras de Sergipe (MMS).
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