TORNAR-SE UMA PSICODRAMATISTA NEGRA:
por uma formação e direção reflexiva, antirracista e corporificada
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2594-5467.2024v8n17p253-261Palavras-chave:
Sociodrama, Feminismo Negro, Feminismo DecolonialResumo
Este estudo teve como objetivo apresentar um relato de experiência do percurso de tornar-se uma mulher negra e diretora no psicodrama. Nessa escrita, apresento os meus primeiros encontros com o fazer psicodramático; os desafios de uma formação em psicodrama marcada pela pandemia e as interpelações produzidas pelo sociodrama realizado com um grupo de mulheres e estudantes negras. Para tanto, busco tecer diálogos iniciais entre o psicodrama e os feminismos negro e decolonial. A experiência relatada evidencia a necessidade de interrogarmos os lugares de neutralidade e objetividade do papel de diretor no sociodrama, bem como a urgência de construirmos uma direção interseccional, reflexiva, corporificada e localizada. Concluímos que é fundamental que os espaços de formação em psicodrama comprometam-se com a construção e fortalecimento da luta antirracista. Além disso, a partir do sociodrama, foi possível analisar o papel da diretora, que a todo momento, foi interpelada pela sua identidade racial e pela sua história.
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