TORNAR-SE UMA PSICODRAMATISTA NEGRA:

por uma formação e direção reflexiva, antirracista e corporificada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2594-5467.2024v8n17p253-261

Palavras-chave:

Sociodrama, Feminismo Negro, Feminismo Decolonial

Resumo

Este estudo teve como objetivo apresentar um relato de experiência do percurso  de tornar-se  uma mulher negra e diretora no psicodrama. Nessa escrita,  apresento os  meus primeiros encontros  com o fazer psicodramático;  os desafios de uma formação em psicodrama marcada pela pandemia e as interpelações produzidas pelo sociodrama realizado com um grupo de mulheres e estudantes negras. Para tanto, busco tecer diálogos iniciais entre o psicodrama e os feminismos negro e decolonial. A experiência relatada evidencia a necessidade de interrogarmos os lugares de neutralidade e objetividade do papel de diretor no sociodrama, bem como a urgência de construirmos uma direção interseccional, reflexiva, corporificada e localizada. Concluímos que é fundamental que os espaços de formação em psicodrama comprometam-se com a construção e fortalecimento da luta antirracista. Além disso, a partir do sociodrama, foi possível analisar o papel da diretora, que a todo momento, foi interpelada pela sua  identidade racial e pela sua história.

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Biografia do Autor

Áquila Bruno Miranda, Universidade Federal de Ouro Preto

Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestra em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2018). Especialista  em Psicodrama Socioeducacional pelo
Instituto Mineiro de Psicodrama (2024). Especialista em Saúde da Família pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família pela PUC-Minas/ Ministério da Saúde(2016).  Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais(2014) com período Sanduíche na Università de Bologna-Itália.  Atualmente é professora colaboradora da Pós-Graduação em Psicodrama pelo Instituto Mineiro de Psicodrama( IMPSI). Professora Substituta do Departamento de Educação (DEEDU/UFOP). 

Luiz Felipe Viana Cardoso , Centro Universitário UNA

Graduado em Psicologia (Ênfase Clínica e Social) pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Mestre em Psicologia, na linha de pesquisa Instituições, Saúde e Sociedade, pela UFSJ. Especialista em Psicologia Clínica na Perspectiva Fenomenológica Existencial pelo Instituto Fenomenológico Existencial do Rio de Janeiro (IFEN-RJ). Especialista em Psicodrama pelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno (IMPSI). Atualmente é professor do curso de Psicologia do Centro Universitário UNA e do Centro Universitário FAMINAS BH; da pós-graduação lato sensu em Psicodrama do IMPSI e da Pós-graduação em Sexualidade Humana da Faculdade Santa Casa de Belo Horizonte.

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Publicado

2024-12-20

Como Citar

Miranda, Áquila B. ., & Cardoso , L. F. V. (2024). TORNAR-SE UMA PSICODRAMATISTA NEGRA:: por uma formação e direção reflexiva, antirracista e corporificada. Conecte-Se! Revista Interdisciplinar De Extensão, 8(17), 253–261. https://doi.org/10.5752/P.2594-5467.2024v8n17p253-261