FROM MONOCULTURE TO PLURICULTURE OF KNOWLEDGE:
science, traditional knowledge and integrative and complementary practices in university health extension
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2594-5467.2024v8n17p437-459Keywords:
health training; university extension; traditional knowledge; integrative and complementary practices.Abstract
The organization of the colonial world-system was structured on the pillars of a nascent proto-scientific rationality that subjugated non-Eurocentric knowledge. Regarding modern Western medicine or biomedicine, this development took place significantly from the end of the 19th century and is currently largely institutionalized, presenting itself as a monoculture of knowledge and responsible for professional and higher education in health. In Brazilian universities, extension is characterized as a space for training and dialogue with society, with great potential to review hegemonies in the production of knowledge and greater permeability to inter-epistemic dialogue. The present research aimed to investigate the presence of extension activities whose themes referred to traditional knowledge and integrative and complementary practices in health courses at the Federal University of Bahia (UFBA). A qualitative-exploratory and documentary-based study was carried out, based on databases of extension activities offered by UFBA university health units between 2017 and 2021. The results point to the predominance of monoculture in the biomedical paradigm in the extension context of health training, especially with regard to traditional Brazilian knowledge. We understand that adding a multi-pistemic perspective to training means an active choice to broaden the concept of science in contemporary times and that university extension should be the privileged space for these actions, considering its potential for dialogue and mutual learning with society in its context. diversity.
Downloads
References
ALMEIDA-FILHO, Naomar. A universidade brasileira num contexto globalizado de mercantilização do ensino superior: colleges vs. Vikings. Revista Lusófona de Educação, Lisboa, v. 32, n. 32, p. 11-30, jul. 2016.
ANDALZÚA G. La conciencia de La Mestiza: rumo a uma nova consciência. Rev. Estudos Feministas, v. 13, n. 3, p. 704-719, 2005.
BAHIA (Estado). Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Bahia. Bahia, 2019. Disponível em: https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2021/06/PEPICS-Bahia-2020-Politica-Praticas-Integrativas.pdf.
BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 11, pp. 89-117, 2013.
BARDIN, Lawrence. Análise de conteúdo. Ed. Edições 70, 2011.
BARROS, Nelson Filice de. Bases da sociologia das medicinas alternativas, complementares e integrativas no campo da saúde. In: LUZ, Madel Therezinha; BARROS, Nelson Filice de (org.). Racionalidades médicas e práticas integrativas em saúde: estudos teóricos e empíricos. Rio de Janeiro: ABRASCO, p. 285-307, 2012.
BATES, Don. G. Why not call modern medicine “alternative”? Perspectives in Biology and Medicine, Chicago, v. 43, n. 4, p. 502–518, 2000.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS - PNPIC-SUS: atitude de ampliação de acesso. Brasília: Ministério da Saúde, 2006a.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006b.
CAMARGO JR., Kenneth Rochel de. A biomedicina. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 15, pp. 177-201, 2005.
CAMARGO JÚNIOR, Kenneth Rochel de. A medicina ocidental contemporânea. In: LUZ, Madel Therezinha; BARROS, Nelson Filice de (org.). Racionalidades médicas e práticas integrativas em saúde: estudos teóricos e empíricos. Rio de Janeiro: UERJ/IMS/LAPPIS, p. 49-72, 2012.
CAMPELLO, Maria Freire. A racionalidade médica homeopática. In: LUZ, Madel Therezinha; BARROS, Nelson Filice de (org.). Racionalidades médicas e práticas integrativas em saúde: estudos teóricos e empíricos. Rio de Janeiro: UERJ/IMS/LAPPIS. p. 73-102, 2012.
CARVALHO, Vinicius Pereira de; SANTOS, Alisson dos Anjos; ROMANO, Cátia Maria Costa; SANTANA, Maria Teresa Brito Mariotti de. Curricularização da Extensão Universitária com as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Experiências da Universidade Federal da Bahia. Educação: pesquisa, aplicação e novas tendências, v. 1, n. 1, p. 309-319, 2022.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Relações e dissensões entre saberes tradicionais e saber científico. In: CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, pp. 301-310, 2009.
Ferreira da Silva, Denise. Homo modernus: para uma ideia global de raça. Editora Cobogó, 1 edição, 2022.
FRANCO, Anamélia. Lins e Silva; ANDRADE, A. E. O; AZEVEDO, A.A.C. ; GHELMAN, R. . Racionalidades em saúde: sistemas médicos e práticas alternativas - considerações sobre o papel desse componente curricular na formação dos estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde. In: COELHO, Maria Thereza Ávila; TEIXEIRA, Carmem Fontes (Org.). Problematizando o campo da saúde: concepções e práticas no Bacharelado Interdisciplinar. 1ed.Salvador: EDUFBA, v. 1, p. 135-148, 2017.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 10. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador. Saberes construídos na luta por emancipação. Petrópolis, RJ: vozes, 2017.
GOOD, Byron J. How medicine constructs its objects. In: GOOD, Byron J. Medicine, Rationality and Experience: an anthropological perspective. Cambridge university press. pp. 65-87, 1994.
GUEDES, Carla Ribeiro; NOGUEIRA, Maria Inês; CAMARGO JR, Kenneth Rochel de. A subjetividade como anomalia: contribuições epistemológicas para a crítica do modelo biomédico. Ciência e Saúde Coletiva [online]. vol.11, n.4, pp.1093-1103, 2006.
HARDING, Sandra. Sciences from Below: Feminisms, Postcolonialities, and Modernities. Duke University Press, 2008, 292 p.
LANDER, Edgardo. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina: Coleccion Sur-Sur, CLACSO, 2005.
LUZ, Madel Terezinha. Cultura Contemporânea e Medicinas Alternativas: Novos Paradigmas em Saúde no Fim do Século XX. Rio de Janeiro. PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, supl., p. 145-176, 2005.
LUZ, Madel Therezinha. Natural, racional, social: razão médica e racionalidade científica moderna. Rio de Janeiro: Campus, 1988.
LUZ, Daniel. Medicina tradicional chinesa, racionalidade médica. In: LUZ, Madel Therezinha; BARROS, Nelson Filice de (org.). Racionalidades médicas e práticas integrativas em saúde: estudos teóricos e empíricos. Rio de Janeiro: ABRASCO, p. 103-152, 2012..
LUZ, Madel Therezinha; WENCESLAU, Leandro David A medicina antroposófica como racionalidade médica. In: LUZ, Madel Therezinha; BARROS, Nelson Filice de (org.). Racionalidades médicas e práticas integrativas em saúde: estudos teóricos e empíricos. Rio de Janeiro: ABRASCO, p. 185-216, 2012.
MARQUES, Evair. Racionalidades médicas: a medicina ayurvédica. In: LUZ, Madel Therezinha; BARROS, Nelson Filice de (org.). Racionalidades médicas e práticas integrativas em saúde: estudos teóricos e empíricos. Rio de Janeiro: ABRASCO, p. 153-184, 2012.
MIGNOLO, Walter. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais. v. 32, n. 94, p. 1-16, 2017.
MOEBUS, Ricardo Luiz Narciso. Práticas indígenas de produção do cuidado. Diversitates International Journal, Niterói, v. 9, n. 1, p. 27-45, 2017.
NASCIMENTO, Marilene Cabral do; ROMANO, Valéria Ferreira; CHAZAN, Ana Claudia Santos; QUARESMA, Carla Holandino. Formação em práticas integrativas e complementares em saúde: desafios para as universidades públicas. Trabalho, Educação e Saúde, v. 16, p. 751-772, 2018.
NASCIMENTO, Vagner Ferreira do; HATTORI, Thalise Yuri; TERÇAS-TRETTEL, Ana Cláudia Pereira. Desafios na formação de enfermeiros indígenas em Mato Grosso, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 47-56, 2019.
NASCIMENTO, Marilene Cabral do; BARROS, Nelson Filice de; NOGUEIRA, Maria Inês; LUZ, Madel Therezinha. A categoria racionalidade médica e uma nova epistemologia em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 12, p. 3595-3604, 2013. Disponível em: https:// www.scielo.br/j/csc/a/pc64qpYhDGL9QDZp9DnJWzc/?format=p df&lang=pt. Acesso em: 23 jun. 2020.
NUNES, João Arriscado; LOUVISON, Marília. Epistemologias do Sul e descolonização da saúde: por uma ecologia de cuidados na saúde coletiva. Saúde e Sociedade, v. 29, n. 3, 2020.
NDLOVU-GATSHENI, Sabelo. J. Why decoloniality in the 21st century. The thinker, v. 48, p. 10-15, 2013.
PLUMWOOD, Val. Feminism and the mastery of nature. Routledge, London, 1993
ROTHER, Edna Terezinha. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, v. 20, n. 2, 2007.. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103- 21002007000200001>.
SÁ, Kellen Miranda; LIMA, Alberto Sampaio; BANDEIRA, Mary Anne Medeiros; ANDRIOLA, Wagner Bandeira; NOJOSA, Ronald Targino. Avaliando o impacto da política brasileira de plantas medicinais e fitoterápicos na formação superior da área de saúde. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, p. 1106-1131, 2018.
SALLES, Léia Fortes; HOMO, Rafael Fernandes Bel; SILVA, Maria Julia Paes da. Situação do ensino das práticas integrativas e complementares nos cursos de graduação em enfermagem, fisioterapia e medicina. Cogitare Enfermagem, v. 19, n. 4, p. 741-746, 2014.
SILVA, Luisa Ferreira; ALVES, Fatima. Compreender as racionalidades leigas sobre saúde e doença. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p. 1207-1229, 2011.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA). Projeto Político Pedagógico Pedagógico do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde. UFBA, 2010. Disponível em: https://www.ihac.ufba.br/download/ensino/graduacao/bacharelados_interdisciplinares/projetos_pedagogicos/projeto-pedagogico-bis.pdf.
UFBA - Universidade Federal da Bahia. Conselho Acadêmico de Pesquisa e Extensão. Resolução n. 02, de 19 de dezembro de 2012. Aprova o Regulamento de Extensão Universitária da Universidade Federal da Bahia. 2012.
UFBA - Universidade Federal da Bahia. Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão. Resolução n. 01, de 25 de fevereiro de 2013. Regulamenta o aproveitamento da Ação Curricular em Comunidade e em Sociedade (ACCS) para integralização curricular dos Cursos de Graduação e Pós Graduação da Universidade Federal da Bahia. 2013.
WALSH, Catherine. Pedagogías decoloniales caminando y preguntando. Notas a Paulo Freire desde Abya Yala. Revista Entramados - Educación Y Sociedad. v. 1, n. 1, p. 17-3, 2014.
WALSH, Catherine; OLIVEIRA, Luis Fernandes de; CANDAU, Vera Maria. Colonialidade e pedagogia decolonial: para pensar uma educação outra. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, v. 26, n. 83, 2018.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Traditional Medicine Strategy: 2014-2023. Geneva: World Health Organization, 2013.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
O(s) (co)autor(es) responsabiliza(m)-se pelo ineditismo do texto submetido (sanções possíveis por plágio são de sua inteira responsabilidade) e atribuem a Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão a autorização para a publicação deste. O(s) (co)autor(es) assume(m) que este texto não se encontra publicado em nenhum outro veículo, bem como não se encontra em análise, para publicação, em outro periódico.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.