O mapa mental como metodologia ativa no ensino de leitura

  • Adriana Lessa UFRRJ
  • Cristiane Santos Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Correção de Fluxo, Mapa mental, Metacognição, Metodologia ativa, Estratégias de leitura

Resumo

O objetivo deste artigo é, a partir dos resultados de uma pesquisa-ação com estudantes em distorção idade-série, discutir teoricamente o uso do mapa mental como metodologia ativa no ensino de leitura. Para tanto, primeiro apresentamos uma revisão teórica do conceito de leitura ativa enquanto processo cognitivo socialmente situado. Depois, definimos e distinguimos as concepções de mapa conceitual, cognitivo e mental, explorando seus usos pedagógicos para promover a adoção de estratégias de leitura. Por fim, explicitamos o uso do mapa mental como metodologia ativa antes, durante e depois da leitura, e sua relação com os multiletramentos, a partir da concepção de que produção do mapa mental é um processo de retextualização.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristiane Santos, Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro

Cristiane Santos - Professora de Língua Portuguesa da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ); Mestre em Letras pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Especialista em Ensino de Leitura e Produção Textual pela Universidade Federal Fluminense (UFF). E-mail: cristiane.sisan@gmail.com

Referências

ALMEIDA, Douglas; MERCADO, Luiz Paulo; FERREIRA, Lilian. Usos de aplicativos de construção de mapas cognitivos como metodologia ativa no ensino superior. LES -Linguagem, Educação e Sociedade, Teresina, ano 25, n. 45, mai/ago 2020. Disponível em<https://revistas.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/9868 >. Acesso em 13 de jan. 2021.

ANDRETTA, Ilana et al. Metacognição e aprendizagem: como se relacionam? Psico. Porto Alegre: PUCRS, v. 41. n1, pp7-13,jun/mar 2010.

ARROYO, Miguel. Currículo, território em disputa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

BEBER, B.; BONFIGLIO, S. U.; SILVA, E. Metacognição como processo da aprendizagem. Rev. Psicopedagogia, 2014; 31 (95): 144-51.

BORUCHOVITCH, Evely. Autorregulação da aprendizagem: contribuições da psicologia educacional para a formação de professores. Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 18, número 3, setembro/dezembro de 2014: 401-409.

BRASIL, Ministério da Educação. Educação é a base. Página inicial. Disponível em

http://download.basenacionalcomum.mec.gov.br/ acesso em 21 de jan 2021.

BUZAN, Tony. Dominando a técnica dos mapas mentais: guia completo de aprendizado e o uso da mais poderosa ferramenta de desenvolvimento da mente humana/ Tony Buzan; tradução Marcelo Brandão Cipolla - São Paulo: Cultrix, 2019.

DEWEY, John. Como pensamos. Tradução de Godofredo Rangel. São Paulo: Nacional, 1ª ed. 1933. ed. 1979.

DURING, Steven; ARTINO, Anthony. Situativity theory: A perspective on how participants and the environment can interact: AMEE Guide no. 52. Medical Teacher 33, 188–199. (2011). Disponível em: <https://doi.org/10.3109/0142159X.2011.550965>. Acesso em: 24 fev. 2020.

FLAVELL, John. Metacognition and cognitive monitoring. A new area of cognitive-developmental inquiry. American Psychologist, 34(10), 906-911. 1979.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GÓES, Natália; BORUCHOVITCH, Evely. O uso do mapa conceitual na formação de futuros professores em disciplina de estágio supervisionado: um relato de experiência. Psicologia: Ensaio & Formação. Ago/dez 2017,8 (2) – 53-62.

JOLY, Maria Cristina; SANTOS, Lílian; MARINI, Janete. Uso de estratégias de leitura por

alunos do ensino médio. 16(34), pp. 205-2012. Universidade São Francisco, 2006.

JOU, Graciela; SPERB, Tania. A metacognição como estratégia reguladora da aprendizagem. Psicologia: reflexão e crítica. 19 (2), 177-185, 2006.

KLEIMAN, Angela. Oficina de Leitura: teoria e prática. 9.ed. Campinas: Pontes, 2002.

MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. 2013. Disponível em: <https://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf>. Acesso em: 20 de set. de 2022.

NEVES, Dulce. Meta-aprendizagem e a ciência da informação: uma reflexão sobre o ato de aprender a aprender. Perspectivas em ciência da informação. [S.l.], v. 12, n. 3, p. 116-125 128, dez. 2007. ISSN 19815344. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci/article/view/151>.

PEREIRA, Marli. Letramento e retextualização: conceitos e relações. In: RIBEIRO, R. M. P. (org.) Letramentos e multiletramentos na escola: teorias e práticas. Campos dos Goytacazes - RJ: Brasil Cultural, 2018, p.54-77.

RIBEIRO, Celia. Metacognição: um apoio ao processo de aprendizagem. Psicologia: Reflexão e crítica, 16(1), pp. 109-116. Universidade Católica Portuguesa, 2003.

SCHRAW, Gregory. Promoting general metacognitive awareness. Instructional Science. 26, 113-125. http://dx.doi.org/10.1023/A:1003044231033.

SILVA, Wilson; CLARO, Genoveva; MENDES, Ademir. Aprendizagem significativa e mapas conceituais. Formando professores: contextos, sentidos e práticas. Educere PUCPR XIV Congresso Nacional de Educação, 2019.

SINHA, Chris. Pessoas situadas: aprender a ser um aprendiz. In: Learning Sites: Social and Technological Resources for Learning. Oxford, Pergamon, 1999; pp 32-48.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed. 1988.

SOUZA, Nadia; BORUCHOVITCH, Evely. Mapas conceituais: estratégia de ensino/aprendizagem e ferramenta avaliativa. Educ. rev., Belo Horizonte , v. 26, n. 3, p.195-217, dez. 2010 . Disponível em <https://doi.org/10.1590/S0102-46982010000300010>. Acesso em: 13 jan. 2021.

KINTSCH, Walter; VAN DIJK, Teun. A. Strategies of discouse comprehension. San Diego, California, Academic Press, 1983.

VILANOVA, Luciana. Rabiscos Terapêuticos: Como os doodles podem auxiliar na Arteterapia. Rio de Janeiro: Livros Ilimitados, 2016.

Publicado
27-06-2023
Como Citar
LESSA , A.; SANTOS, C. O mapa mental como metodologia ativa no ensino de leitura. Scripta, v. 27, n. 59, p. 92-117, 27 jun. 2023.
Seção
Parte I. Ensino de leitura e escrita: contribuições e desafios na formação de pr