O SER HUMANO É UM HOMO RELIGIOSUS? uma perspectiva histórica-religiosa
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Não se admite hoje na ciência da religião algum princípio religioso por detrás de todas as religiões, o que traz duas consequências: as declarações dos adeptos da religião sob estudo perdem peso, e julga-se as categorias religiosas como "inadequadas" para a terminologia científica. As dinâmicas religiosas atuais, todavia, obrigam a ciência da religião a questionar a função atual da religião como também o seu significado e sua coesão. A experiência de campo fala algo a respeito desse significado. Os fenômenos falam do ser humano, mas também dizem que há algo externo que o determina, algo que esse ser não causou. Cinco fatores são apresentados para um entendimento adequado de religião, conduzindo a um elemento de transcendência. Parte-se da semelhança entre expressões religiosas, "experiências religiosas primárias" distintas de "religiões secundárias". As primárias são mais visíveis em ritos de passagem, em especial ritos de luto, e descreve-se alguns de tribos do sul da África. Eles sugerem que a principal maneira de lidar com o mundo é pela experiência da transcendência. O ser humano não é autônomo, mas sim caracterizado e influenciado por algo além de si mesmo. Assim sendo, o ser humano sempre foi um homo religiosus.
Downloads
Detalhes do artigo
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attributionque permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja em Inglês O Efeito do Acesso Livre).
Referências
CHIMELLI, Rudolf. Reißt der Moschee die grüne Kuppel ab. In: Süddeutsche Zeitung, No 210, 11 Sept. 2012, p. 13.
DANQUAH, J. B. The Akan Doctrine of God: A Fragment of Gold Coast Ethics and Religion. Routledge: Londres, 1968, 248p.
HÄSELBARTH, Hans. Die Auferstehung der Toten in Afrika: eine theologische Deutung der Todesriten der Mamabolo in Nordtransvaal: Dissertation. Gütersloher Verlagshaus Gerd Mohn: Gütersloh, 1972. 275p.
HERDER, Johann G. Von Religion, Lehrmeinungen und Gebräuchen, 1798. Reimpressão, Hildesheim 1967, p. 135. Aqui citado de TRE, vol. 28, p. 528.
HUNTER, Monica. Reaction to Conquest: Effects of Contact with Europeans on the Pondo of South Africa. 3. Ed. Oxford University Press: London, 1936. 612p.
KEHRER, Günter. Definitionen der Religionen. In: CANCIK, Hubert; GLADIGOW, Burkhard; KOHL, Karl-Heinz. Handbuch religionswissenschaftlicher Grundbegriffe, 1988, vol. IV, p. 418-425.
MANN, Thomas. Joseph und seine Brüder (vol. 1): Die Geschichte Jaakobs. Fischer Taschenbuch: Frankfurt, 1991. 384p.
MÖNNIG, Herman 0. The Pedi. Editora Van Schaik, Pretoria, 1967. 365p.
MÜLLER, H.-J. Im Anfang war die Kunst. In: Art. S.n.: s.l., agosto de 2012, 18-29.
NEU, Rainer. Das Mediale. Die Suche nach der Einheit der Religionen in der Religionswissenschaft. Kohlhammer Verlag: Stuttgart, 2010. 316p.
POLLACK, Detlef, Was ist Religion? Probleme der Definition, in: BEINHAUER-KÖHLER, Bärbel; GUGGENMOS, Esther-Maria, JÖDICKE, Ansgar. Zeitschrift für Religionswissenschaft, 1995, v.3, n.2, p. 163-190.
SCHLATTER, Gerhard. In: CANCIK, Hubert; GLADIGOW, Burkhard; KOHL, Karl-Heinz. Religionsethnologie, Handbuch religionswissenschaftlicher Grund-begriffe. Wbg Academic, 2021, vol. 1, p. 157-194.
SUNDERMEIER, Theo. Religion – Was ist das? Religionswissenschaft im theologischen Kontext – ein Studienbuch 2. Evangelische Verlaganstalt: Frankfurt, 2007.
SUNDERMEIER, Theo. Nur gemeinsam können wir leben: Das Menschenbild schwarzafrikanischer Religionen. Gütersloher Verlagshaus Gerd Mohn: Gütersloh, 1988. 304p.
SUNDERMEIER, Theo. Todesriten als Lebenssymbole: Der Trauerprozeß in Afrika. In: Wege zum Menschen, 1977, Volume 29, No 4, p. 129-144.
SUNDERMEIER, Theo; BENJAMIN, Simon; WROGEMANN Henning. Konviviale Theologie: Festgabe für Theo Sundermeier zum 70. Geburtstag. Verlag O. Lembeck: Frankfurt, 2005.
WENZEL, Uwe J. (ed.). Was ist eine gute Religion? Zwanzig Antworten. Verlag C.H. Beck. Munique: 2007. 132p.