CONCEPÇÕES MASCULINAS SOBRE A MULHER NO BUDISMO

Conteúdo do artigo principal

Luiz Alencar Libório

Resumo

A situação de subordinação da mulher é algo constante em muitas culturas. Também no campo da economia, filosofia e religiões ela é vista como inferior ao homem por diversas razões: fraqueza corporal e intelectual, a corporeidade feminina é vista como obstáculo (tentação) à espiritualidade do homem, sendo concebida de modo ambíguo, ora como santa (Virgem Maria), ora como impura e pecadora (Eva). No budismo,
nos diversos ramos, ela também é concebida como alguém perigoso por despertar no homem desejos que impediriam o arhat (santo) de chegar ao Nirvana. Com muita relutância, Buda admitiu mulheres (bikkhuni) à vida monástica (samgha), ficando submissas em tudo aos monges (mesmo a um jovem noviço) e atrapalhando a expansão do budismo no mundo. Ela deve obedecer normas duplamente pesadas pelo fato de ser mulher já que provoca impermanência (desejos) na busca do Nirvana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
LIBÓRIO, Luiz Alencar. CONCEPÇÕES MASCULINAS SOBRE A MULHER NO BUDISMO. INTERAÇÕES, Belo Horizonte, v. 3, n. 3, p. 155–168, 2014. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/interacoes/article/view/6727. Acesso em: 3 set. 2025.
Seção
ARTIGOS
Biografia do Autor

Luiz Alencar Libório, PUC Minas

Mestre e doutor em Psicologia da Família (2001) pela Pontifícia Universidade Salesiana de
Roma (UPS). Professor/pesquisador adjunto I do Grupo de Pesquisa Religião e Cultura Urbana
(RECULTUR) da Universidade Católica de Pernambuco. Professor de Psicologia da Religião
no mestrado de Ciências da Religião da UNICAP e do Instituto Teológico Sedes Sapientiae do
Recife. Membro do Grupo Internacional Commissio pro Família com sede em Roma.