IDENTIDADE E DEPRESSÃO NA DEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA NO CONTEXTO ADOLESCENTE: UMA ANÁLISE À LUZ DE PRESSUPOSTOS DA FILOSOFIA EXISTENCIAL
Mots-clés :
Identidade, Depressão, Fenomenologia Existencial Humanista e Redes Sociais, Redes Socias, Comunicação Tecnológica e PsicologiaRésumé
Este estudo foi realizado com o objetivo de compreender como os modos de subjetivação, identidade e representação do adolescente contemporâneo são transformados pela tecnologia, discorrendo sobre a sintomatologia da dependência tecnológica e as formas como cada sujeito têm de lidar com essas facetas nos seus processos intrapsíquicos e sociais. Baseado em entrevistas realizadas em um projeto de pesquisa anterior, com adolescentes de escolas públicas da região metropolitana de Betim, o artigo toma o método de pesquisa explicativa para realizar a análise dos fatores que ligam a tecnologia e o contexto adolescente, bem como análise de conteúdo qualitativa dos dados das entrevistas. Três facetas principais da utilização das redes sociais foram identificadas: o caráter de inserção; a dependência e os aspectos intrapsíquicos advindos com a utilização das redes; o autoconhecimento dessa dependência, dos afetos desta na vida do próprio sujeito, e da ausência da busca pela emancipação desta. Com efeito, argumentamos que a tecnologia, em seu uso abusivo, causa gradualmente uma dependência, com enfoques na base do psiquismo. Entendemos que os modos de dependência são diversos, e podem ser expressos, tanto pelas vias de depressão, como, por irritabilidade, angústia, e outras tantas organizações comportamentais e impactos psicológicos, e que a identidade se torna um processo fluido nessa rede de relações aberta que é as tecnologias.
Téléchargements
Références
11. BAUMAN, Z. (2004). Amor líquido: Sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro, Zahar.
23. BOSS M. Angústia, Culpa e Libertação. São Paulo: Livraria Duas Cidades; 1975
19. CANALE, A.; FURLAN, M. M. D. P. Depressão. Arq. Mudi, Maringá, v. 10, n. 2, p. 23-31, 2006. Disponível em: <http://ojs.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/viewFile/19922/10816.> Acessos em: 27 mai. 2019
15. CAPLAN, S. E.; HIGH, A. C. (2011). Interação social na internet, bem-estar psicossocial e uso problemático de internet. In: Young, K. S.; Abreu, C. N de. (Orgs.), Dependência de Internet: manual e guia de avaliação e tratamento. Porto Alegre: Artmed.
3. DELEUZE, G. (2001) Empirismo e Subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo Hume (L. B. L. Orlandi, trad.). São Paulo: Editora 34.
24. DUBOIS, C. Heidegger: introdução a uma leitura. Trad. Bernardo Barros Coelho de Oliveira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
2. GUATTARI, F. & Rolnik, S. (1996). Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes.
22. HEIDEGGER, M. Ser e o Tempo. 4ª ed. Petrópolis: Vozes; 1993.
25. HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Parte I. 11ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2002
9. KRAUT, R., PATTERSON, M., LUNDMARK, V., KIESLER, S., MUKOPADHAYAY, T., & SCHERLIS, W. (1998). Internet paradox: A social technology that reduces social involvement and psychological Well-Being? American Psychologist, 53, 1017-1031.
16. LAFER, B.; AMARAL, J. A. M. S. Depressão no ciclo da vida. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. São Pau-lo, v. 22, n. 3, p. 151-152, Sept. 2000. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000300013&lng=en&nrm=iso>. Acessos em 16 mar. 2019.
21. MERLEAU-PONTY, M. (2006). Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes (Obra original publicada em 1945)
4. NÓBREGA, L. P. (2010). A construção das identidades nas redes sociais. Fragmentos de Cultura, v. 20, n. 1/2, p. 95-102, jan./fev. 2010. Disponível em: <http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/fragmentos/article/download/1315/899.> Acesso em: 10 mai. 2019.
18. Organização Mundial da Saúde; Brasil, Ministério da Justiça; Organização Pan-Americana da Saúde (Brasí-lia, D.F, OPAS, 2015)
8. PONTES, Halley; PADRÃO, Ivone. Estudo Exploratório Sobre as Motivações Percebidas no uso Excessivo da Internet em Adolescentes e Jovens Adultos. Lisboa, 2014. Disponível em: <https://pch.psychopen.eu/rt/printerFriendly/93/html.> Acesso em: 10 mai. 2019.
12. PUJOL, C. C., SCHMIDT, A., SOKOLOVSKY, A., KARAM, R. G., SPRITZER, D. T. (2009): Dependência de Internet: perspectivas em terapia cognitivo-comportamental. Rev Bras Psiquiatr. 31,181-92. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbp/v31n2/v31n2a19.pdf.> Acesso em: 10 mai. 2019.
26. SANTOS, Eder Soares. As angústias Impensáveis em Relação à Angústia de Castração. Dissertação de Mes-trado, Campinas/SP, IFCH – UNICAMP, 2001.
6. SPIZZIRI, R. C. P., WAGNER, A., MOSMANN, C. P., & ARMANI, A. B. (2012). Adolescência conectada: Mapeando o uso da internet em jovens internautas. Psicologia Argumento, [S.l.], v. 30, n. 69, nov. 2017. ISSN 1980-5942. Disponível em: <https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/23288>. Acesso em: 20 mar. 2019.
14. TERROSO, L. B.; ARGIMON, I. I. L. (2016). Dependência de internet e habilidades sociais em adolescentes. Estud. pesqui. psicol. Rio de Janeiro. 16, 200-219. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v16n1/v16n1a12.pdf.> Acesso em: 20 mar. 2019.
5. TURKLE, S. (1998). A vida no ecrã: A identidade na era da Internet. Lisboa: Relógio d'água.
7. VALENTE, José Armando. A Comunicação e a Educação baseada no uso das Tecnologias Digitais de In-formação e Comunicação. Revista UNIFESO – Humanas e Sociais. 1. v.2014. Disponível em: <http://www.revista.unifeso.edu.br/index.php/revistaunifesohumanasesociais/article/view/17/24.> Acesso em: 23 mar. 2019.
20. WIDLÖCHER, D. As lógicas da depressão. Lisboa: CLIMEPSI, 2001.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação inicial, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons CC BY 4.0, e pelos direitos de publicação. Os autores podem publicar seus trabalhos on-line em repositórios institucionais / disciplinares ou nos seus próprios sites.