MATERNIDADE E ENFRENTAMENTO: UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL SENTIDA NA PELE
Parole chiave:
Maternidade, Romantização, Mito do amor materno, sofrimentos, Construção socialAbstract
O presente artigo se refere ao recorte de uma pesquisa de iniciação científica, que buscou compreender como o processo de tornar-se mãe e do maternar foi construído histórica, social e culturalmente. Tal pesquisa se fez através de uma revisão de literatura, se configurando como exploratória a partir da referência literária O Mito do Amor Materno de Elisabeth Badinter. Como resultado, foi possível perceber que vários discursos como: os filosóficos, políticos, culturais, econômicos e sociais contribuíram para a criação e manutenção da crença de uma idealização e romantização do tornar-se mãe. Conclui-se que tal crença, considerada como fixa e única, contribui para sofrimentos, adoecimentos e sentimentos como culpa, sentimento de baixa competência, angustias e frustração das mulheres frente à maternidade, impactando diretamente na escolha de ser mãe.
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