Hasta no verte jesús mío: uma leitura descolonial de Josefina Bórquez
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2019v23n47p167-178Keywords:
Literatura em língua espanholaAbstract
Este artigo analisa a obra Hasta no verte Jesús Mío, de Elena Poniatowska, propondo a possibilidade de a narração, que é baseada em uma série de entrevistas cedidas por uma mexicana real chamada Josefina Bórquez, ser uma releitura crítica da realidade histórica e social na qual Bórquez viveu e a partir da qual surgiram suas memórias Desse ponto de vista, defende que essa releitura está em diálogo com o feminismo e, mais especificamente, com o conjunto de propostas ao qual se vincula o feminismo descolonial. Para tal fim, a análise parte do princípio de que o texto, pela ausência que possuiria de limites tanto em sua relação com a realidade, quanto em relação à ficção, como bem comprova o trabalho de Cynthia Steele (2018), é pertencente à gama de textos da tendência que Josefina Ludmer (2013) denomina de pós-autonomia. Apoia-se ainda em Elaine Showalter, em A crítica feminista no território selvagem (1994), e María Lugones em Colonialidad y Género (2018), Rumo Ao Feminismo Descolonial (2018) e Multiculturalismo radical y feminismos de mujeres de color (2018), para apresentar as semelhanças entre a narração e as noções de crítica feminista e de feminismo descolonial, de forma a apontá-lo como uma possível releitura descolonial da experiência original a partir da qual foi criado.
Downloads
References
GARRAMUÑO, Florencia. La narración de la experiencia. In : GARRAMUÑO, Florencia. La experiencia opaca: literatura y desencanto. Buenos Aires: Fondo de cultura económica, 2009. p.
-150.
LUDMER, Josefina. A Cidade: Na ilha Urbana. In: LUDMER, Josefina. Aqui América Latina: Uma especulação. Tradução de Rômulo Monte Alto. Belo Horizonte: UFMG, 2013. p. 115-125.
LUDMER, Josefina. Identidades territoriais e produção de presente: Literaturas pós-autônomas. In: LUDMER, Josefina. Aqui América Latina: Uma especulação. Tradução de Rômulo Monte Alto.
Belo Horizonte: UFMG, 2013. p. 127-133.
LUGONES, María. Colonialidad y género. Disponível em: <http://dev.revistatabularasa.org/
numero-9/05lugones.pdf>. Acesso em: 26 dez. 2018.
LUGONES, María. Multiculturalismo radical y feminismos de mujeres de color. Disponível em:
<https://www.redalyc.org/pdf/592/59202503.pdf>. Acesso em: 26 dez. 2018.
LUGONES, María. Rumo ao feminismo descolonial. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/
index.php/ref/article/view/36755>. Acesso em: 26 dez. 2018.
OXFORD UNIVERSITY PRESS. Hombrada. Disponível em: <https://es.oxforddictionaries.com/
definicion/hombrada>. Acesso em: 12 dez. 2018.
PONIATOWSKA, Elena. Hasta no Verte Jesús Mío. Avena: Ediciones Era, 1985.
REAL ACADEMIA ESPAÑOLA. Hombrada. Disponível em: <https://dle.rae.es/?id=KaR3MYj>.
Acesso em: 12 dez. 2018.
SARLO, Beatriz. Tempo Passado: Cultura da memória e guinada subjetiva. Tradução de Rosa Freire
D’Aguiar. Belo Horizonte; Companhia das Letras/ UFMG, 2007.
SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. In: BUARQUE DE HOLLANDA,Heloisa (Org.). Tendências e Impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro,1994.
p. 23-56.
STEELE, Cynthia. Testimonio y autor/idad en “Hasta no verte Jesus mio,” de Elena Poniatowska. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/4530628>. Acesso em: 26 dez. 2018.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
By submitting any manuscript (articles, reviews, or interviews) authors automatically assign full copyrights to PUC Minas. Authors are requested to ensure:
• The absence of conflicts of interest (relations between authors, companies/ institutions or individuals with an interest in the topic covered by the article), as well as funding agencies or sponsoring institutions of the research that culminated in the article.
This file is licensed under the Creative Commons Attribution - Share Alike 4.0 International.