Metáforas da navegação na lírica brasileira contemporânea de autoria feminina
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2020v24n52p303-328Palavras-chave:
Metáfora Náutica, Poesia brasileira contemporânea, Autoria FemininaResumo
Propõe-se uma reflexão acerca do emprego de uma metáfora pertencente ao patrimônio da poesia ocidental, a metáfora náutica, na obra das poetas brasileiras contemporâneas Ana Cristina César (1979), Orides Fontela (1983), Neide Archanjo (1984), Hilda Hilst (1989) e Maria Lúcia dal Farra (2011). Para esse objetivo, discute-se o arcabouço simbólico do tema náutico e da metáfora marinha, verificam-se casos exemplares de seu emprego colhidos da tradição e, por fim, parte-se para a análise do corpus tentando averiguar possíveis deslocamentos, variações e marcas que sirvam como indício de uma reconfiguração feminina da metáfora poética da viagem marítima.
Downloads
Referências
ARCHANJO, Neide. Tudo é sempre agora. São Paulo: Maltese, 1994.
CAMÕES, Luís Vaz de. “Busque Amor novas artes, novo engenho”. In.: MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. 31ª edição. São Paulo: Cultrix, 2006.
CARNEIRO, Geraldo. Por mares nunca dantes. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000
CAMPOS, Haroldo de. Xadrez de estrelas: percurso textual. 1949-1974. São Paulo: Perspectiva, 1976.
CAYMMI, Dorival. “É doce morrer no mar”. Dorival Caymmi (EP), Continental, 1943.
CESAR, Ana Cristina. “Cenas de abril” [1979]. In.: Poética. Companhia das letras, 2013
CODAX, Martin. “Ondas do mar de Vigo”. In.: CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Lisboa: Editorial Estampa, 1998.
CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Lisboa: Editorial Estampa, 1998.
CURTIUS, Ernst Robert. Literatura europeia e Idade Média latina. Tradução de Paulo Rónai e Teodoro Cabral. São Paulo: Hucitec; Edusp, 2013.
DAL FARRA, Maria Lúcia. Alumbramentos. São Paulo: Iluminuras, 2011
FONTELA, Orides. “Alba” [1983]. In.: Poesia Reunida [1969-1996]. São Paulo: Cosac Naify: Rio de Janeiro: 7Letras, 2006.
HILST, Hilda. “Amavisse”. In.: da poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
HOLLANDA, Francisco Buarque de. “Mulheres de Atenas”. Meus caros amigos (LP), Philips, 1976.
HORÁCIO. “Arte poética”. In.: ARISTÓTELES, HORÁCIO & LONGINO. A poética clássica. Tradução de Jaime Bruna. São Paulo: Cultrix, 1981.
PALADAS DE ALEXANDRIA. Epigramas. Seleção, tradução e notas de José Paulo Paes. São Paulo: Nova Alexandria, 2001.
PESSOA, Fernando. Mensagem. São Paulo: Martin Claret, 2001
PETRARCA, Francesco. Cancioneiro. Tradução de José Clemente Pozenato. Cotia: Ateliê Editorial, 2014.
RAMALHO, Christina. “As marinhas, de Neide Archanjo: um mergulho luso-brasileiro”. In.: BRANDÃO, Izabel;MUZART, Zahidé L. (orgs.). Refazendo nós. Ensaios sobre mulher e literatura. Florianópolis: Ed. Mulheres; Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.
MARTIN, Kathleen (editor). O livro dos símbolos. Reflexões sobre imagens arquetípicas. Taschen, 2012.
TRINGALI, Dante. Horácio poeta da festa: navegar não é preciso. São Paulo: Musa Editora, 1995.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O envio de qualquer colaboração implica, automaticamente, a cessão integral dos direitos autorais à PUC Minas. Solicita-se aos autores assegurarem:
- a inexistência de conflito de interesses (relações entre autores, empresas/instituições ou indivíduos com interesse no tema abordado pelo artigo), e
- órgãos ou instituições financiadoras da pesquisa que deu origem ao artigo.
- todos os trabalhos submetidos estarão automaticamente inscritos sob uma licença creative commons do tipo "by-nc-nd/4.0".