De carbono, raiz e minério: a intempestividade Tarso de Melo

Autores

  • Aroldo Garcia dos Anjos Universidade Federal de Pelotas
  • Daiane Neumann Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2022v26n56p135-144

Palavras-chave:

Contemporaneidade, Modernidade, Subjetividade, Linguagem

Resumo

O presente estudo versa sobre contemporaneidade, modernidade e subjetividade. Busca-se questionar, com Giorgio Agamben (2008, 2009) e Walter Benjamin (1987), o que é contemporâneo e qual sua relação com a chamada crise da poesia. Discutem-se, com Henri Meschonnic (1975, 2010, 2017), o caráter da modernidade, da subjetividade e elementos para a leitura do poema em sua particularidade, no infinito do sujeito. Com base nessa concepção de linguagem da ordem do contínuo, que busca a historicidade do poema, analisam-se poemas dos livros Carbono, Caderno inquieto e Lugar algum, de Tarso de Melo, assim como o seu recente poema Raiz e minério.

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Biografia do Autor

Aroldo Garcia dos Anjos, Universidade Federal de Pelotas

Doutorando em Letras pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), professor de alemão e tradutor. 

Daiane Neumann, Universidade Federal de Pelotas

Professora dos cursos de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Doutora em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Publicado

18-11-2022

Como Citar

ANJOS, Aroldo Garcia dos; NEUMANN, Daiane. De carbono, raiz e minério: a intempestividade Tarso de Melo. Scripta, Belo Horizonte, v. 26, n. 56, p. 135–144, 2022. DOI: 10.5752/P.2358-3428.2022v26n56p135-144. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/scripta/article/view/28166. Acesso em: 20 out. 2025.

Edição

Seção

Cenas de Leituras, desleituras, releituras literárias