“Há que guardar a poesia”:

O instante e a natureza em Lenilde Freitas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2023v27n61p246-271

Palavras-chave:

Imagem, Poesia, Natureza, Instante poético, Lenilde Freitas

Resumo

O presente artigo propõe uma abordagem acerca da construção de imagens poéticas relacionadas ao instante em poemas de Lenilde Freitas. Tal composição tem por base um olhar voltado à natureza, elemento que percorre boa parte dos textos da autora. Sendo assim, em um primeiro momento, será apresentada a poeta, seu percurso literário, bem como algumas noções iniciais sobre a representação da fugacidade pela linguagem poética . Posteriormente, as discussões estarão centradas na abordagem teórica sobre a formação da imagem na poesia, a natureza e o instante, categorias contempladas mais adiante, na leitura analítica. Para isso, recorreremos, sobretudo, aos estudos de Paz (1982), Cunha (2000), Bosi (2000), Candido (2000) e Bachelard (1994). As reflexões desses autores serão fundamentais para compreender as configurações imagéticas do instante por meio de percepções oriundas da natureza nos poemas de Lenilde Freitas, contempladas no penúltimo tópico. Por fim, pode-se afirmar que as produções da poeta são carregadas de valor estético e um riqueza de imagens líricas que, no caso específico da elaboração do instante poético, possibilita ao leitor uma experiência de ressignificação do tempo, de sua relação com a natureza e com o próprio cotidiano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thaísa Rochelle Pereira Martins, UFCG

Doutoranda em Ensino de Literatura e Formação de Leitores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Professora da rede estadual de Pernambuco. 

José Hélder Pinheiro Alves, Universidade Federal de Campina Grande

Professor Doutor do curso de Graduação em Letras e do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Linguagem da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Referências

ALVES, Hélder Pinheiro. Grãos de poesia: sobre a lírica de Lenilde Freitas. Sociopoética, Campina Grande, v. 1, nº12, p. 9-27, Campina Grande, jan./jun. 2014.

BACHELARD, Gaston. O direito de sonhar. 4.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

BOSI, Alfredo. Poesia-resistência. In. O ser e o tempo da poesia. 6 ed. São Paulo: Companhia das letras, 2000.

FREITAS, Lenilde. A corça no campo: coletânea de poemas. Recife: Editora da Autora, 2010.

FREITAS, Lenilde. Grãos na eira. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

GOMBRICH, Ernst Hans. A história da arte. Tradução de Cristina de Assis Serra. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

GONÇALVES, Márcia. Filosofia da natureza. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.

HOLANDA, Lourival. A persistência da estrela. In. FREITAS, Lenilde. A corça no campo. Recife: Ed. da autora, 2010, p. 15-22.

KRENAK, Ailton. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

MERLEAU-POTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. 4.ed. Tradução de Carlos A. R. de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

MEYERHOFF, Hans. O tempo na literatura. Tradução de Myriam Campello. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1976.

PAZ, Octavio. O arco e a lira. 2ª Ed. Tradução de Olga. Savary. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

Downloads

Publicado

31-12-2023

Como Citar

MARTINS, Thaísa Rochelle Pereira; ALVES, José Hélder Pinheiro. “Há que guardar a poesia”:: O instante e a natureza em Lenilde Freitas. Scripta, [S. l.], v. 27, n. 61, p. 246–271, 2023. DOI: 10.5752/P.2358-3428.2023v27n61p246-271. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/scripta/article/view/32078. Acesso em: 20 mar. 2025.