Sequência textual e uso de construções conclusivas

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2024v28n62p238-262

Keywords:

Conclusive Construction, Textual Sequence, Diachronic Study

Abstract

The conclusive constructions in Portuguese are represented by the scheme [Segment 1 CONNECTOR Segment 2], in which the slot CONNECTOR may be filled by several connectors, including “portanto”, “por isso”, “logo” and “então”. Although these four constructions are generally considered synonymous in expressing conclusive relation, based on the Principle of No synonymy (Goldberg, 1995; Croft, 2001), it is possible to assume that there are differences in meaning among them, which would motivate the speaker to use one form and not the other(s) in certain contexts. Therefore, the objective of this study is to investigate the influence of the broader discursive segment on the choice of the construction. In other words, we intend to examine the possible correlation between textual sequence (Paredes Silva, 1997; Adam, 2008; Arena, 2008; Vieira, 2016) and conclusive construction. Concerning the fact that these constructions exist in language since remote records (Martelotta; Silva, 1996; Barreto, 1999; Longhin-Thomazi, 2006; Oliveira, 2011; Floret, 2022), we analyze their trajectories across three periods of Portuguese language history: archaic, classical, and modern/contemporary periods (Mattos e Silva, 1994, 2007; Castro, 2013). The data were collected in a sample with representative texts from these periods, and statistically analyzed using GoldVarbX program (Sankoff; Tagliamonte; Smith, 2005). The results provide evidence that the textual sequence is one of the factors influencing the choice of specific constructions. There is a correlation between adverbial connectors and narrative sequences, as well as between prepositional connectors and expository sequences.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Mayra França Floret, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora e mestre em Linguística (UFRJ). Professora adjunta na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

References

ADAM, Jean Michel. A Linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. São Paulo: Cortez, 2008.

ARENA, Ana Beatriz. Multifuncionalidade e polissemia do então: um estudo pancrônico. Dissertação (Mestrado em Estudos de linguagem), Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2008.

BARRETO, Therezinha Maria Mello. Gramaticalização das conjunções na história do português. Tese (Doutorado em Letras), Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1999.

BOYLAND, Joyce Tang. Usage based models of language. In: EDDINGTON, D. (ed.) Experimental and quantitative linguistics. Munique: Lincom, 2009, p.351 – 419.

BYBEE, Joan. Language, usage and cognition. Nova Iorque: Cambridge University Press, 2010.

BYBEE, Joan.; BECKNER, Clay. Usage-based Theory. In: HEINE, B.; NARROG, H. (Eds.). The

Oxford handbook of Linguistic analysis. Oxford: Oxford University Press, 2010, p. 827 – 855.

CASTRO, Ivo. Formação da Língua Portuguesa. In: RAPOSO, E. et alii. Gramática do Português. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, p. 7 – 13.

CROFT, William. Radical Construction Grammar: Syntactic Theory in Typological Perspective. Oxford: Oxford University Press, 2001.

DIESSEL, Holger. Usage-based construction grammar. In: DABROWSKA, E.; DIVJAK, D. (ed.) Handbook of cognitive Linguistics. Berlim: Mouton de Gruyter, 2015, p.295 - 321.

DOWNING, Angela. English grammar: a University course. Nova Iorque: Routledge, 2015.

FLORET, Mayra França. A trajetória das construções conclusivas com portanto, por isso, logo e então. Tese (Doutorado em Linguística), Faculdade de Letras, UFRJ, Rio de Janeiro, 2022.

FLORET, Mayra França. A influência da amostra na ordenação de construções causais com porque e por+infinitivo. Revista Todas as Letras, v.26, p.1 – 16, 2024.

GOLDBERG, Adele Eva. A construction grammar approach to argument structure. Chicago: University of Chicago Press, 1995.

GOLDBERG, Adele Eva. Constructions at work: the nature of generalization in language. Oxford: Oxford University Express, 2006.

IBBOTSON, Paul. The scope of usage-based theory. Frontiers in Psychology, volume 4, artigo 255, p. 1-15, 2013.

LONGHIN-THOMAZI, Sanderléia Roberta. Gramaticalização de conjunções coordenativas: a história de uma conclusiva. Gragoatá, Niterói, n.21, p. 59 – 72, 2006.

MARTELOTTA, Mário Eduardo; SILVA, Lucilene Rodrigues. Gramaticalização de então. In: MARTELOTTA, M. E; VOTRE, S. J; CEZARIO, M. M. Gramaticalização no Português do Brasil: uma abordagem funcional. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1996.

MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. Para uma caracterização do período arcaico do Português. D.E.L.T.A, v. 10, Número especial, p. 247 – 276, 1994.

MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. Novas contribuições para história da língua portuguesa: ainda os limites do português arcaico. Diadorim, v. 2, p. 99 – 113, 2007.

NEVES, Maria Helena de Moura. Uma versão integrada das construções complexas de causalidade. Actas do XIII Encontro nacional da Associação portuguesa de Linguística, v.2, p. 143 – 154, 1998.

OLIVEIRA, Maria do Carmo Pereira. A sintaxe da coordenação e os conectores conclusivos. Tese (Doutorado em Linguística). Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Porto, 2011.

PAIVA, Maria da Conceição Auxiliadora de. Ordenação de cláusulas causais: forma e função. Tese (Doutorado em Linguística), Faculdade de Letras, UFRJ, Rio de Janeiro, 1991.

PAIVA, Maria da Conceição Auxiliadora de. Aspectos semânticos e discursivos da relação de causalidade. In: MACEDO, A. T. Variação e discurso. 1ed. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1996, p. 63 – 74.

PAREDES SILVA, Vera Lúcia. Forma e função nos gêneros do discurso. Alfa, v. 41, Número especial, p. 79 – 98, 1997.

PEZATTI, Erotilde Goreti. Portanto: conjunção conclusiva ou advérbio. Scripta, Belo Horizonte, v.4, n.7, p. 60 – 71, 2000.

QUIRK, Randolph; GREENBAUM, Sidney. LEECH, Geoffrey; SVARTVIK, Jan. A comprehensive grammar of the English language. Londres: Pearson Longman, 1985.

SANKOFF, David; TAGLIAMONTE, Sali A.; SMITH, Eric. Goldvarb X: A variable rule application for Macintosh and Windows. University of Toronto, 2005.

TRAUGOTT, Elizabeth Closs; TROUSDALE, Graeme. Constructionalization and constructional changes. Oxford: Oxford University Press, 2013.

VIEIRA, Marília Silva. Aí, daí e então em Campo Grande e São Paulo: análise sociofuncionalista no domínio da causalidade. Tese (Doutorado em Letras). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

Published

2024-10-31

How to Cite

FLORET, Mayra França. Sequência textual e uso de construções conclusivas. Scripta, Belo Horizonte, v. 28, n. 62, p. 238–262, 2024. DOI: 10.5752/P.2358-3428.2024v28n62p238-262. Disponível em: https://periodicos.pucminas.br/scripta/article/view/32796. Acesso em: 3 sep. 2025.