Lutar com palavras entre ruínas: narrativa e errância em flores artificiais, de Luiz Ruffato
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2017v21n42p236Palabras clave:
Testemunha, Viagem, Narrativa, Flores Artificiais, Luiz Ruffato.Resumen
A narrativa brasileira contemporânea tem problematizado a relação do sujeito com o espaço de diferentes maneiras, com destaque para a tematização do trânsito nos grandes centros urbanos e as inúmeras viagens realizadas pelas personagens. Esses “não lugares” (AUGÉ, 1994) têm sua relevância garantida por meio da construção de personagens transeuntes, andarilhos, viajantes, turistas, migrantes e imigrantes, que não conseguem se fixar em lugar nenhum, tampouco estabelecer relações de intimidade e pertencimento com os espaços por onde transitam. À luz dessas constatações, discutiremos o entrelaçamento dos temas da errância e da narrativa no romance Flores Artificiais, de Luiz Ruffato, publicado em 2014, visto que, nesse romance, além da referida problematização do sujeito com os espaços, questiona-se, também, as fronteiras da narrativa no contexto da contemporaneidade.
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Citas
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