Temporalizações e temporalidades: sobre o tempo no acontecimento do dizer
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2022v26n57p349-374Palabras clave:
Pandemia, Temporalização, Semântica da Enunciação, Formação NominalResumen
O presente trabalho apresenta os modos como mobilizamos sentidos sobre o tempo nos acontecimentos de dizeres típicos da pandemia do SARS-COV-2. Destacamos formações, como “novo normal” e “dia D” e “hora H”, que caracterizam o referencial histórico da pandemia, pelo olhar da Semântica da Enunciação. Propomos o foco à temporalidade do dizer a que se refere Guimarães (2002, 2018), uma vez que o acontecimento temporaliza. Nesse ponto, discutimos uma proposta de olhar de separação didática dos sentidos que construímos sobre o tempo, realçando como a temporalidade do dizer acontece e o modo como temporalizações reconstroem e redefinem sentidos, colocando a nossa visão às significações e como elas se (re)moldam, produzindo os acontecimentos do dizer sobre/ na pandemia, uma vez que os sujeitos são tomados pela linguagem na historicidade e constituem o Logos. Desse modo, observamos como os discursos se dão a partir de referenciais, moldando o mundo pela linguagem que ora se delineia nas emergências.
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