João Ternura, herói da revolução
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2024v28n62p103-133Palabras clave:
Romance, Aníbal Machado, Primeira República, Revolução de 1930Resumen
O romance João Ternura, de Aníbal Machado, escrito durante mais de quatro décadas, foi publicado somente em 1965, após a morte o autor. Parte da obra foi redigida durante a Primeira República e em seu enredo temos não só o aproveitamento do período como uma representação da Revolução de 1930. Ao participar do combate do túnel no Rio de Janeiro, o protagonista João Ternura se torna herói da última batalha da revolução, mesmo sem saber para que lado lutava. Assim, Aníbal Machado recria com humor e ironia a mudança ocorrida no país em outubro de 1930. Na crítica literária existente sobre o seu único romance, as relações com a Primeira República têm sido apenas mencionadas, sem receber aprofundamento. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é, por meio da pesquisa bibliográfica, estudar a representação desse período histórico e, em especial, da revolução na obra de Aníbal Machado.
Descargas
Citas
AMADO, Jorge. O país do carnaval. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos; São Paulo: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1978. Edição crítica de Telê Porto Ancona Lopez.
ANTELO, Raúl. Introdução. In: MACHADO, Aníbal. Parque de diversões. Belo Horizonte: UFMG; Florianópolis: UFSC, 1994. p. 15-33.
CANDIDO, Antonio. A personagem do romance. In: A personagem de ficção. 12. ed. São Paulo: Perspectiva, 2011, p. 51-80.
CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 8. ed. São Paulo: Publifolha, 2000.
CAMARGO, Aspásia. A revolução das elites: conflitos regionais e centralização política. A Revolução de 30: Seminário Internacional. 1980, Rio de Janeiro. Brasília: UNB, 1983, p. 7-46.
CARVALHO, José Murilo de Carvalho. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: uma discussão conceitual. Dados, v. 40 n. 2, Rio de Janeiro, 1997.
CHAPLIN, Charles. Minha vida. Tradução de Rachel de Queiroz. 17. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2015.
CORREIO DA MANHÃ. Rio de Janeiro, ano 30, n. 10995, p. 2, 25 out. 1930. Edição extraordinária.
FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930: historiografia e história. 16. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12. ed. São Paulo: Edusp, 2004.
FONSECA, Maria Augusta Bernardes. Vento, gesto, movimento: a poética de Aníbal M. Machado. 1984. Tese (Doutorado em Teoria Literária) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1984.
MACHADO, Aníbal. Autobiografia. In: A arte de viver e outras artes. Rio de Janeiro: Graphia, 1994, 288-294.
MACHADO, Aníbal. Histórias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959.
MACHADO, Aníbal. João Ternura. Rio de Janeiro: José Olympio, 1965.
MACHADO, Aníbal. Vila feliz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1944.
MACHADO, Maria Clara. Aníbal Machado, meu pai. Suplemento literário do Minas Gerais, Belo Horizonte, ano xix, n. 904, p. 3, jan. 1984. Entrevista de Maria Clara Machado a Jorge de Aquino Filho. Edição especial sobre Aníbal Machado.
NAVA, Pedro. Beira-mar. 5. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
ORTIZ, Edilaine. União inesperada entre o riso e a melancolia: o humorismo nas narrativas de Aníbal Machado. 2022. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, 2022.
PROENÇA, M. Cavalcanti. Os balões cativos. In: MACHADO, Aníbal. A morte da porta-estandarte, Tati, a garota e outras histórias. 15. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997, p. xiii-xxxiii.
RAMOS, Graciliano. S. Bernardo. 83. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006.
SALLES, Helena Weisz. João Ternura: testemunho das contradições de um projeto modernista. 2006. Dissertação (Mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo.
TEIXEIRA, Marcos Vinícius. Aníbal Machado: um escritor em preparativos. Sabará: Museu do Ouro, 2022.
TOKIMATSU, Rosana Fumie. O iniciado do movimento: a ficção de Aníbal Machado e o cinema. 2017. Tese (Doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
VERISSIMO, Erico. Olhai os lírios do campo. 4. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
DECLARACIÓN DE DERECHO AUTORAL
Derechos autorales
El envío de cualquier colaboración implica, automáticamente, la cesión integral de los derechos autorales a PUC Minas. Se solicita a los autores que aseguren:
- inexistencia de conflicto de intereses (relaciones entre autores, empresas/instituciones o individuos con interés en el tema abordado por el artículo), y
- órgano o instituciones financiadoras de investigación que ha dado origen al artículo.