Percepção de pausa em fronteira prosódica
DOI:
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2017v21n41p143Palabras clave:
Linguística, Teoria e Análise Linguística,Resumen
Este artigo trata da relação entre produção e percepção de pausas em fronteira de frase entoacional do Português Brasileiro a partir de resultados obtidos por meio de teste experimental de percepção auditiva de pausa e de variação de frequência fundamental. A percepção de fronteira de frase entoacional é relevante por esse constituinte linguístico exercer papel de importância primária no processamento de enunciados. Dentre os resultados obtidos, destacamos que tanto a combinação entre pausa e sequência tonal H+L* L% no contexto fonológico da fronteira de frase entoacional quanto a sequência tonal H+L* L% sem a produção de pausa na fronteira de frase entoacional leva à percepção de pausa. Com os resultados apresentados, este artigo apresenta subsídios para questionar o que seja a pausa do ponto de vista da percepção e defende que a identificação de pausa depende também da variação de frequência fundamental característica de frase entoacional.
Descargas
Citas
ANDRÉ, C.; GHIO, A.; CAVÉ, C.; TESTON, B. PERCEVAL: PERCeption
EVALuation Auditive & Visuelle (Versão 5.0.30) [Programa de computador]. Aix-en- Provence; 2009.
BECKMAN, M.; PIERREHUMBERT, J. Intonational Structure in Japanese and English. Phonology Yearbook, Cambridge, n. 3, p. 255-310, 1986.
BOGELS, S.; SCHRIEFERS, H. J.; VONK, W.; CHWILLA, D. Prosodic Breaks in Sentence Processing Investigated by Event Related Potentials. Language and Linguistics Compass, John Wiley & Sons, n. 5, p. 424-440, 2011.
CAGLIARI, L. C. Prosódia: algumas funções dos supra-segmentos. Caderno de Estudos Linguísticos, Campinas, n. 23, p. 137-151, 1992.
CHACON, L.; FRAGA, M. Pausas na interpretação teatral: delimitação de
constituintes prosódicos. Filologia e Linguística Portuguesa, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 121-146, 2014.
CARLSON, K.; CLIFTON, C. Jr.; FRAZIER, L. Prosodic Boundaries in Adjunct Attachment. Journal of Memory and Language, Elsevier, n. 45, p. 58-81, 2001.
FANT, G. Auditory Patterns of Speech. In: WATHEN-DUNN, W. (Org.). Models for the Perception of Speech and Visual Form. Cambridge: M.I.T. Press, 1967, p. 111-125.
FERNANDES, F. R. Ordem, focalização e preenchimento em português:
sintaxe e prosódia, 2007. 452 f. Tese (Doutorado em Linguística). Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.
FRAZIER, L., CLIFTON, C. Jr.; CARLSON, K. Don’t Break, or Do: Prosodic
boundary preferences. Lingua. Elsevier, n. 114, p. 3-27, 2003.
FROTA, S. Prosody and Focus in European Portuguese. NewYork/London:
Garlang Publishing (Serie Outstanding Dissertations on Linguistics),1998.
FROTA, S.; VIGÁRIO, M. Aspectos de prosódia comparada: ritmo e entoação no PE e no PB. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA
DE LINGUÍSTICA, XV, 2000, Coimbra. Actas do XV Encontro Nacional da
Associação Portuguesa de Linguística. Coimbra: Associação Portuguesa de
Linguística, 2000, p. 533-555.
HIRST, D.; DI CRISTO, A. (Eds.). Intonation Systems: a Survey for Twenty Languages. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.
LADD, D. R. Intonational Phonology. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.
MANNEL, C. FRIEDERICI, A. D. Neural Correlates of Prosodic Boundary
Perception in German Preschoolers: If Pause is Present, Pitch can go. Brain Research. Elsevier, n. 1632, p. 27-33, 2016.
MARTIN, J. G. On Judging Pauses in Spontaneous Speech. Journal of Verbal Learning and Verbal Behavior, Elsevier, n. 9, p. 75-78, 1970
MORAES, J. Nuclear and pre-nuclear contours in Brazilian Portuguese intonation. In: PHONETICS AND PHONOLOGY IN IBERIA, 2007, Braga. Phonetics and
phonology in Iberia
Workshop. Braga: University of Minho, 2007. Disponível em:
dlgr/SonseMelodias/PaPI2007ToBIworkshop.>. Acesso em 24 de novembro de 2016.
MORTON, J.; BROADBENT D. E. Passive Versus Active Recognition Models or Is Homunculus Really Necessary?. In: WATHEN-DUNN, W. (Org.). Models for the Perception of Speech and Visual Form. Cambridge: M.I.T. Press, 1967, p. 103-110.
NESPOR, M.; VOGEL, I. Prosodic Phonology. Dordrecht-Holland: Foris
Publications, 1986.
NESPOR, M.; VOGEL, I. Prosodic Phonology: with a new foreword. Berlin:
Walter de Gruyter, 2007.
PIERREHUMBERT, J. The Phonology and Phonetics of English Intonation.
Massachussetts: M.I.T. Press, 1980.
SCHWARTZ, J.-L.; BASIRAT, A. MÉNARD, L.; SATO, M. The Perception for
Action Control Theory (PACT): a perceptuo-motor theory of speech perception. Journal of Neurolinguistics, Élsevier, v. 5, n. 25, p. 336-354, 2012.
SELKIRK, E. Phonology and Syntax: The relation between sound and structure. Cambridge: M.I.T Press, 1984.
SERRA, C. R. Realização e percepção de fronteiras prosódicas no português do Brasil: fala espontânea e leitura. 2009. 241 f. Tese (Doutorado em Letras). Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
SERRA, C; FROTA, S. Fraseamento prosódico no Português do Brasil: pistas para a percepção. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE
LINGUÍSTICA, XXV, 2009, Lisboa. Apresentação no XXV Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa: Associação Portuguesa
de Linguística, 2009. Disponível em:
PaPI2007ToBIworkshop.>. Acesso em 26 de janeiro de 2017.
SONCIN, G. C. N. Língua, discurso e prosódia: investigar o uso da vírgula
é restrito? Vírgula!. 2014. 312 f. Tese (Doutorado em Linguística). Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, 2014.
SONCIN, G.; TENANI, L. Variações de F0 e configurações de frase entoacional: análise de estruturas contrastivas. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 10, n. 2, p. 534-558, 2016.
SONCIN, G.; TENANI, L. E. Emprego de vírgulas e prosódia do Português
Brasileiro: aspectos teórico-analíticos e implicações didáticas. Filologia e
Linguística Portuguesa, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 473-493, 2015.
STEINHAUER, K., ALTER, K., & FRIEDERICI, A. D. Brain potentials indicateimmediate use of prosodic cues in natural speech processing. Nature Neuroscience. Macmillan, n. 2, p. 191–196, 1999.
STEVENS, K. N. e BLUMSTEIN, S. E. Invariant Cues for Place of Articulation in Stop Consonants. Journal of the Acoustical Society of America, n. 64, p.1358- 1368, 1978.
TENANI, L. E. Domínios prosódicos no Português do Brasil: implicações
para a prosódia e para a aplicação de processos fonológicos. 2002. 331 f. Tese (Doutorado em Linguística). Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
DECLARACIÓN DE DERECHO AUTORAL
Derechos autorales
El envío de cualquier colaboración implica, automáticamente, la cesión integral de los derechos autorales a PUC Minas. Se solicita a los autores que aseguren:
- inexistencia de conflicto de intereses (relaciones entre autores, empresas/instituciones o individuos con interés en el tema abordado por el artículo), y
- órgano o instituciones financiadoras de investigación que ha dado origen al artículo.