Conspiração, paranóia e interpretação: Teatro (1998) e O medo de Sade (2000) de Bernardo Carvalho
Mots-clés :
Ficção brasileira contemporânea, Bernardo Carvalho, Teorias da conspiração, Paranóia, Leitura, Interpretação.Résumé
Uma leitura em paralelo de dois textos de Bernardo Carvalho, Teatro e O medo de Sade, permite verificar, em ambos os casos, uma estrutura bipartida que constrói uma conspiração para sucessivamente a invalidar numa deslocação para o olhar que a criou. Proponho-me interrogar a representação da conspiração e da paranóia, nestes textos, como figurações de leitura, em que o movimento de desconstrução do sistema conspirativo através da posterior desestabilização da autoridade de quem o engendrou vem sublinhar, de forma insistente, o poder fundador da interpretação, propondo-se a literatura como um hermético jogo de espelhos de que a visão paranóica do mundo é um reflexo.
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Références
CARVALHO, Bernardo. Teatro. Lisboa: Cotovia, 1999.
CARVALHO, Bernardo. O medo de Sade. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
ECO, Umberto. Sobreinterpretação dos textos. In: COLLINI, Stefan (Org.). Interpretação e sobreinterpretação. Lisboa: Presença, 1993, p. 45-62.
FREUD, Sigmund. Psycho-analytic notes on an autobiographical account of a case of Paranoia (Dementia Paranoides) (1911). In: The standard edition of the complete psychological works of Sigmund Freud – v. XII (1911-1913): The case of Schreber, Papers on technique and other works. London: The Hogarth Press, [19--].
LAING, R. D. Knots. London: Penguin, 1972.
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