"Macumba" segundo Andrade: notas da perspectiva marioandradina acerca da religiosidade afro-ameríndia
DOI :
https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2022v26n58p228Mots-clés :
Religiosidade Afro-Ameríndia, Mário de Andrade, Macunaíma, Tia Ciata, OxumRésumé
Neste artigo que então apresentamos, objetiva-se sublinhar e discutir de que forma a religiosidade afro-ameríndia, a qual se expressa através de seus adeptos, deuses, territórios e modos de pensar, ser e agir, é esteticizada pela criatividade literária do escritor modernista e pesquisador da cultura popular Mário de Andrade, na obra Macunaíma. Partindo do pressuposto de que a personagem histórica e literária Tia Ciata é uma das primeiras sacerdotisas de Oxum representadas nas páginas da Literatura Brasileira, interessa-nos assinalar se e quais concepções acerca da experiência afrorreligiosa herdamos ou renunciamos da obra de Andrade. Para tanto, analisaremos, no capítulo “Macumba”, a construção de algumas personagens e as relações que possuem, mantendo no horizonte possíveis aproximações míticas e religiosas.
Téléchargements
Références
ALEXANDRE, C. R. A valorização da mulher na constituição do samba e da memória de Tia Ciata de Oxum. In: COSTA, P. de Freitas; BAREL, A. B. D.; COSTA, A. C. M.(org.) Cadernos da Casa-Museu Ema Klabin: mulher e seus saberes. São Paulo: Fundação Ema Klabin, 2019. Disponível em: https://emaklabin.org.br/site/download/cadernos-da-casa-museu-ema-klabin-mulher-e-seus-saberes-1a-edicao/?wpdmdl=129396&refresh=5faf0e5c0124f1605307996.
ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Chapecó: Editora UFFS, 2019 [1928].
ANDRADE, M. Macumba. In: ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Chapecó: Editora UFFS, 2019 [1928], P. 67-75.
BASTIDE, R. O Candomblé da Bahia: o rito nagô. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 1961.
BESSA, V. de A. “Um bocadinho de cada coisa”: trajetória e obra de Pixinguinha - História e música popular no Brasil dos anos 20 e 30. 2005. 262f. Dissertação (Mestrado em História Social) — Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-21032007-151952/publico/dissertacao.pdf.
BORGES, G. P.; CUNHA, B. R. R. Macunaíma e o mito de Exu. Revista Evidência,Araxá, v. 7., n. 7,p. 73-90, 2011.
CASCUDO. L. da C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro, [S/d].
CHRISTIAN, D. K. Um africano lê Macunaíma: um interpretação da rapsódia de Mário de Andrade com base em elementos literários e culturais negro-africanos. 2007. 225 f. Tese (Doutorado em Literatura Brasileira) — Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Dsponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-20122007-140038/publico/TESE_DADIE_KACOU_CHRISTIAN.pdf.
DUARTE, E. de A. O negro na literatura brasileira. Navegações: Revista de Cultura e Literaturas de Língua Portuguesa, Porto Alegre, v. 6,p. 146-153, 2013.
ELBEIN DOS SANTOS, J. Os Nàgô e a morte: Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia. Tradução: Universidade Federal da Bahia. Petrópolis: Vozes, 2012 [1975].
GOULD, S. J. A falsa medida do homem. Tradução: Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014 [1991].
INSTITUTO MOREIRA SALLES. Linha do tempo de Pixinguinha em homenagem aos seus 120 anos. Disponível em: https://pixinguinha.com.br/vida/. Acesso: 10 fev. 2022.
KRAUSZ, L. S. Memórias deterioradas. Folha de São Paulo, São Paulo, 1 set. 1996. Coluna Joyce Pascowitch. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/9/01/mais!/19.html. Acesso: 10 fev. 2022.
LEITE, G. de. O. Da ancestralidade à representação dos orixás. Salvador: Quarteto Editora, 2008.
LOPES, N. Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo: Selo Negro Edições, 2011.
MOURA, R. Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro; Secretaria Municipal de Cultura, Dep. Geral de Doc. e Inf. Cultural, Divisão de Editoração, 1995.
NAPOLEÃO, E. Yorùbá: para entender a linguagem dos orixás. Rio de Janeiro: Pallas Editora, 2011.
PRANDI, R. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
PROENÇA, C. M. Roteiro de Macunaíma. São Paulo: Civilização brasileira, 1974.
SANTOS, L. A. Exu e Macunaíma numa macumba carnavalesca e grotesca. Tal pai tal filho? In: COLÓQUIO DE FILOSOFIA E LITERATURA: DO CÔMICO, 3, 2013, Alagoas. Anais… Alagoas: UFS, 2013, p. 228-238.
SOUZA, G. de M. e. O tupi e o alaúde: uma interpretação de Macunaíma. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2003.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
DECLARATION DE DROIT D’AUTEUR
Les droits d’auteurs
L’envoie de toute collaboration implique, automatiquement, la cession complète des droits d’auteur à PUC Minas. Il est demandé aux auteurs d’assurer :
- l’inexistence de conflit d’intérêt (des relations entre auteurs, entreprises/institutions ou individus en ayant intérêt au thème traité par l’article), et
- des organismes ou institutions de subvention de recherche qui a donné origine à l’article.